A Justiça marcou a audiência de instrução e julgamento para o dia 13 de dezembro, às 13h, no 9º Juizado Especial Criminal (Jecrim) da Barra. Se condenados, os dois podem pegar de dois meses a um ano de prisão.
Adriano e Adriene no dia da acareação na
delegacia, no ano passado (Foto: G1/TV Globo)
O disparo
O incidente ocorreu na Avenida das Américas, próximo ao InfoBarra, após Adriano e Júlio Cesar deixarem uma boate em Jacarepaguá, com outras quatro mulheres convidadas a irem à casa do jogador. De acordo com a denúncia, oferecida pelo titular da Promotoria de Justiça Márcio Almeida Ribeiro da Silva, Júlio Cesar carregava a arma registrada em seu nome, da marca Taurus, tipo pistola, calibre 40, o que seria de conhecimento de Adriano.
Ainda de acordo com a denúncia, os acusados deixaram de observar o dever mínimo de cautela e criaram o risco da ocorrência de lesão corporal no momento em que Julio Cesar se omitiu do dever de cuidar da arma. “Inerte diante das ‘brincadeiras’ feitas pelo denunciado Adriano com a arma de fogo, o primeiro denunciado Julio permaneceu negligenciando o risco de lesão que tal comportamento poderia causar”, descreve o texto da denúncia.
Tentativa de acordo
No último dia 6, terminou sem acordo a audiência preliminar entre o jogador, o segurança e Adriene, no 9º Jecrim. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a audiência ocorreu sem a presença de Adriene, que alegou problemas de saúde. Além disso, segundo o TJ-RJ, "foi oferecida a Júlio Cesar e Adriano a proposta de acordo com a vítima e a opção de transação penal, que consistia no pagamento de 30 e 150 salários mínimos, respectivamente, porém os dois recusaram".
O Ministério Público alegou, na ocasião, que tinha até 15 dias para decidir se iria oferecer ou não denúncia contra o jogador e o ex-policial.
A audiência havia sido marcada após estudo do inquérito conduzido pela 16ª DP (Barra da Tijuca), que apontou diversas falhas nos laudos periciais, por ausência de informações técnicas relevantes para o esclarecimento do caso.
Por isso, o promotor intimou a vítima Adriene a prestar esclarecimentos. Ouvida no dia 19 de setembro, Adriene manteve as duas declarações prestadas no inquérito. Segundo ela, Adriano estava no banco traseiro e manuseou a arma que era de propriedade do ex-policial.
Mudança no depoimento
A vítima afirmou que mudou parte de seu primeiro depoimento apenas porque se sentiu muito pressionada e ainda por ter recebido a promessa de que o jogador pagaria as despesas médico-hospitalares. Anteriormente, jovem havia dito que ela mesma fez o disparo dentro do carro do jogador.
Segundo informações recebidas pelo promotor, o hospital que atendeu Adriene está cobrando na Justiça as despesas. A assessoria de imprensa do jogador teria afirmado à direção da unidade que ele não se responsabilizaria pelo pagamento.
Comentários