Base da Polícia Militar é alvo de bandidos em Cuiabá
Por volta das 3h de ontem, 3 homens forçaram a porta da Base Comunitária do Moinho. No local, haviam 3 policiais que reagiram e atiraram contra os bandidos que fugiram em um veículo Corolla preto. A placa do automóvel foi anotada e entregue à Gerência de Combate ao Crime Organizado para investigação. A informação é do diretor geral da Polícia Civil, Anderson Garcia.
Para o secretario Diógenes Curado, os bandidos atacaram a estrutura da PM em busca de armamento para reforçar o arsenal do crime em Mato Grosso. Destaca que as últimas ações da Polícia deixaram algumas quadrilhas desarmadas, por isso existe interesse neste tipo de material. Aponta que desde o ataque à base de Jangada, a Segurança Pública está em alerta e agora conseguiu frustrar uma nova ação. Embora reconheça que existe uma preocupação de ataques a policiais em Mato Grosso, como registrado no estado de São Paulo, Curado garante que não vê relação desta prática com a tentativa de invasão da Base.
"A Segurança Pública de todos os estados do país está preocupada com a situação. Mantemos contato com outros secretários de estado e estamos monitorando essa questão com apoio da Polícia Federal". Comandante geral da PM, coronel Osmar Lino Faria acredita que os assaltantes não contavam com a presença dos policiais dentro da base, por isso tentaram entrar. Comenta ainda que as bases comunitárias não armazenam armas e munições. "O que tem na base fica distribuído com os policiais que estão no plantão". Para o coronel, também não existe relação entre a ocorrência e a ação da Polícia no último final de semana, que resultou na morte de assaltantes dos bancos de Comodoro e Marcelândia.
Em Jangada, 5 homens armados e encapuzados em uma S10 preta renderam uma guarnição da PM e ainda obrigaram os 2 policiais a assistirem o assalto ao Banco Bradesco. O bando tentou explodir os 2 caixas eletrônicos da agência, mas conseguiu danificar apenas um dos equipamentos que não tinha dinheiro.
Reforço - A PM e a Sesp garantem que já existia um plano de segurança elaborado a ser colocado em prática durante o feriado prolongado de Proclamação da República (15 de novembro) e Consciência Negra (20 de novembro). Porém, com o ataque, o efetivo foi reforçado para realização de rondas ostensiva nas ruas, além de reforçar a segurança nas próprias bases comunitárias.
O número total de policiais em ação não foi revelado, mas o comandante Farias apontou que mais 300 policiais foram incorporados ao trabalho. Parte do efetivo foi redesignado do administrativo para o policiamento ostensivo. "Não há motivo para achar que a PM está desesperada e por isso aumentou a segurança. Já existia esse planejamento. Temos organização de segurança programada até para o próximo ano".
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