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Internacional
Sexta - 16 de Novembro de 2012 às 07:36

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Três palestinos foram mortos na noite desta quinta-feira, na região de Beit Hanoun, no norte da faixa de Gaza, em consequência dos bombardeios que Israel realiza na região. Com isso, do lado palestino, o total de mortes ocorridas desde o início da atual ofensiva, na quarta (14), chegou a ao menos 18. Do lado israelense, foram três, ocorridas nesta manhã.

O presidente da França, François Hollande, entrou em contato com o premiê de Israel e com o novo presidente do Egito para tentar prevenir uma escalada ainda maior da tensão entre o Estado judaico e milícias palestinas. "É hora de interromper essa escalada, que é perigosa para a segurança de Israel e seu povo e para a do povo palestino", disse o premiê Jean-Francois Ayrault.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon deverá visitar Jerusalém nesta sexta-feira (16), segundo informações do jornal israelense "Haaretz". Um professor de árabe que trabalhava em uma escola da ONU (Organização das Nações Unidas) em Gaza está entre os mortos do conflito.

Há informações ainda de que a Casa Branca pediu aos governos egípcio e turco que façam o que puderem para convencer as milícias a pararem de lançar foguetes contra Israel.

O novo presidente do Egito, Mohamed Mursi, visto como apoiador do movimento palestino Hamas, liderou um coro de críticas aos ataques de Israel. O premiê do Egito, Hisham Kandil, também promete visitar Gaza nesta sexta, em demonstração de apoio ao Hamas, movimento que tomou o controle da região à força do Fatah, de Mahmoud Abbas, em 2006.

O chefe do governo do Hamas, Ismail Haniye, pediu que países árabes e muçulmanos, em particular o Egito, tenham uma reação firme contra Israel.

O líder do movimento radical libanês Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, pediu também aos países árabes e muçulmanos que usem todos os meios de que dispuserem, inclusive aumento de preços do petróleo, para pôr pressão sobre Israel. "Ninguém está dizendo aos países árabes "por favor, abram suas fronteiras e realizem a operação para libertar a Palestina". O que queremos é pôr fim ao ataque a Gaza."

Mais cedo, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, afirmou que essa escalada de tensão "terá um preço exato que o outro lado vai ter de pagar". Antes, a porta-voz do Exército israelense, a tenente-coronel Avital Leibovitz, disse à mídia estrangeira que uma invasão por terra de Gaza é, "certamente, uma opção".

ESCALADA

O Exército israelense iniciou os bombardeios à Gaza na quarta-feira (14). Naquele dia, atacou vários alvos e conseguiu acertar e matar o comandante militar do Hamas, Ahmed Jabari, 52. Ele foi atingido por um míssil enquanto circulava de carro. O ataque foi seguido por dezenas de outros, contra instalações militares, depósitos de armas e plataformas de lançamento de foguetes, em uma operação batizada de "Pilar de Defesa". Outros 15 palestinos morreram, entre eles seis crianças.

Na manhã seguinte, o Hamas lançou um foguete que matou três israelenses a norte de Gaza. Horas depois, pelo menos um foguete foi lançado com direção à capital Tel Aviv, fazendo soarem os alarmes antiaéreos pela primeira vez desde a Guerra do Golfo, em 1991. Houve pânico, e a TV israelense exibiu imagens de pessoas jogadas no chão, no centro de Tel Aviv, enquanto as sirenes soavam.

Informações preliminares da polícia israelense dão conta de que o projétil caiu no mar. Não houve vítimas.

Na faixa de Gaza, os braços armados dos movimentos radicais palestinos Hamas e Jihad Islâmica reivindicaram o lançamento.

Na sequência, Israel detonou mais uma série de bombardeios aéreos a Gaza.

Desde que iniciou os ataques, Israel convocou ao serviço militar cerca de 30 mil reservistas, em um indício de que cogita realizar uma invasão por terra. Na noite desta quinta, ao menos 12 caminhões carregando tanques e veículos blindados foram levados para a fronteira do território judaico com o palestino. Ônibus com soldados israelenses também foram deslocados.






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