Grupo de hackers ataca sites israelenses em protesto contra violência
Depois da morte de um comandante militar do Hamas, na quarta-feira, o Anonymous, uma caótica rede de hackers, realizou uma série de ataques contra sites israelenses.
Em uma ação coordenada que começou às 3h desta quinta-feira (horário de Nova York, 6h em Brasília), hackers sobrecarregaram sites que pertencem às Forças de Defesa de Israel, ao escritório do premiê, a bancos, companhias aéreas e de segurança. A campanha foi batizada de #OpIsrael.
Os hackers tinham divulgado mensagens no Twitter e em fóruns de hackers a procura de voluntários. Em um deles, um autor afirmou, em nome do Anonymous:
"O Anonymous não apoia a violência por parte da I.D.F. [sigla em inglês para as forças israelenses] ou por parte da Resistência Palestina/Hamas. Nossa preocupação é com as crianças de Israel e dos territórios palestinos e os direitos do povo de Gaza de manter linhas abertas de comunicação com o mundo exterior."
Embora os hackers tenham afirmado no site Twitter que tiraram cerca de 40 sites israelenses do ar, uma empresa de segurança de computadores, Radware, afirma que poucos alvos foram, de fato, derrubados.
Entre os ataques bem-sucedidos estão a retirada do ar de um blog pertencente às forças israelenses e a substituição da homepage de uma empresa de segurança e vigilância por uma foto de Gaza em chamas, acompanhada da mensagem: "Parem de bombardear Gaza! Milhões de israelenses e de palestinos estão acordados em suas camas, expostos e aterrorizados."
Segundo a Radware, os hackers usaram ferramentas de ataque bastante básicas, no entanto, bloquear ataques é praticamente impossível, porque as fontes podem ser replicadas com facilidade.
O Anonymous ganhou fama ao atacar sites que tinham cortado o financiamento ao WikiLeaks, do ativista Julian Assange. O corte ocorrera em represália à publicação, pelo WikiLeaks, de centenas de milhares de documentos sigilosos da diplomacia americana.
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