O motorista estava preso na Cadeia Pública de Mirassol D’Oeste, a 329 quilômetros da capital, mas a Segunda Câmara Criminal do Tribunal julgou o pedido de liminar, em habeas corpus, impetrado pela defesa, e por unanimidade concedeu a soltura, no dia 14 de novembro. O advogado Adelmo Goes Emerick alegou na ação situações que considerou favoráveis ao seu cliente, como endereço fixo, trabalho honesto, primariedade e bons antecedentes.
Contudo, no dia 8 de outubro, o juiz Anderson Candiotto, da Comarca de Mirassol D’Oeste, converteu a prisão temporária em preventiva alegando que “após o acidente, em manifesto desprezo pela vida humana e, para fugir à responsabilidade civil e penal que lhe seriam atribuídas, o indiciado evadiu-se do local sem prestar socorro às vítimas”, consta trecho da decisão à época.
Inquérito
A Polícia Civil aguarda a emissão do laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para concluir o inquérito que investiga o acidente na MT-175. Em depoimento, Marcelo Aparecido declarou que não conseguiu evitar o acidente porque perdeu o controle da direção da caminhonete e acabou atingindo as vítimas que estavam na pista. Ele foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Em entrevista ao G1, o delegado Mário Aravechia disse que o motorista contou no depoimento que teve a visão prejudicada por conta do farol alto do ônibus, que transportava os universitários e estava estacionado, e também por conta da pista que, segundo o motorista, estaria molhada no momento do acidente. Com isso, teria perdido o controle da direção da caminhonete, atropelado as pessoas que estavam na rodovia e ainda batido o veículo em outro, que estava no acostamento.
Depoimento
Moto era pilotada pelo secretário de Educação que acabou
morrendo atropelado (Foto: Jaime Ferreira/Revista Portal)
O acidente ocorreu por volta das 19h [horário de Mato Grosso] do dia 3. Os cinco estudantes mortos estavam em um ônibus que fazia o transporte diário dos universitários entre Curvelândia-Cáceres. O veículo parou na rodovia para dar socorro a um primeiro acidente, que ocorreu entre o secretário Gilcemar Goloni, que pilotava uma moto, e um ciclista. Ao parar na rodovia, os estudantes reconheceram Goloni e, enquanto aguardavam socorro para o secretário, eles acabaram sendo atropelados pela caminhonete.
Em depoimento à polícia, o condutor disse que não conseguiu evitar o acidente porque perdeu o controle da direção da caminhonete e acabou atingindo as vítimas que estavam na pista.
A mãe do motorista estava como passageira na ocasião e nenhum deles sofreu ferimentos. O condutor abandonou o veículo no local do acidente e fugiu para um assentamento rural, onde foi preso por policiais militares. A mãe dele foi retirada do local minutos depois por outras pessoas.
Acidente
O acidente ocorreu por volta das 19h [horário de Mato Grosso] do dia 3. Os cinco estudantes mortos estavam em um ônibus que fazia o transporte diário dos universitários entre Curvelândia-Cáceres. O veículo parou na rodovia para dar socorro a um primeiro acidente, que ocorreu entre o secretário Gilcemar Goloni, que pilotava uma moto, e um ciclista. Ao parar na rodovia, os estudantes reconheceram Goloni e, enquanto aguardavam socorro para o secretário, eles acabaram sendo atropelados pela caminhonete.
De acordo com a Unemat, um acadêmico de 20 anos da instituição morreu no acidente. Os outros quatro universitários estudavam na Faculdade do Pantanal (Fapan) e tinham idades entre 19 e 26 anos.
Em coma
Há mais de 40 dias, um dos sobreviventes do acidente encontra-se internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Cáceres, a 250 km da capital. O diretor da unidade de saúde, Idelvan Ferreira Macedo, informou ao G1 que o rapaz está em coma e não há previsão de alta. A vítima estava em uma bicicleta e foi atropelada pela caminhonete quando era socorrida pelo grupo de universitários.
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