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Sábado - 07 de Dezembro de 2013 às 07:26

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 Com uma rodada para o fim do Campeonato Brasileiro, cinco equipes ainda correm risco de ocuparem as duas últimas vagas em aberto para o rebaixamento. É nessa hora que a calculadora entra em cena, e as contas parecem nunca ajudar. No caso de Fluminense, que ocupa a 18ª posição, dentro da zona da degola, o cenário é mais tenebroso. Mas como os matemáticos chegam a esses números? Um deles mostra que a conta é simples, mas outro leva em consideração diversos fatores. O fato é que, em campo, só restará ao Fluminense a opção da vitória, mais a torcida contra rivais .
 
Para chegar à porcentagem de risco de queda de cada clube, ou à chance que tem se permanecer na Série A, é levada em conta a teoria da probabilidade. No caso do rebaixamento, o objetivo é quantificar um risco.
- Cada jogo tem três resultados, para cada três resultados do jogo do Fluminense tem três possíveis para o Vasco e três possíveis para o Coritiba, ou seja: 3 x 3 x 3. O total de resultados possíveis é 27 entre esses três clubes - explicou Carlos Frederico Palmeira, professor de matemática da PUC-Rio.
 
No caso do Fluminense, somente uma vitória interessa ao Tricolor. Empate ou derrota para o Bahia, na Arena Fonte Nova, automaticamente rebaixa o clube. Levando-se em consideração então a vitória do time carioca, o número de resultados possíveis cai para nove. É aí que a conta começa a complicar.
- Não servem os resultados em que o Vasco ganha, ou seja, não servem três, e sobram seis. Desses não servem os que o Coritiba ganha, ou seja, dois. Então sobram quatro. Se sobram quatro, eu tenho quatro resultados favoráveis ao Fluminense num total de 27, que divididos chega-se ao total de 0,148, que é 14% de chances de escapar do rebaixamento - concluiu Carlos. Dessa forma, o risco de queda, automaticamente, é de 86%.
 
Essa fórmula é simples, mas o cálculo pode ficar complicado com outros critérios que podem ser levados em conta pelos matemáticos.
- Você lista, por exemplo, se o craque do time vai entrar em campo, se o adversário tem ou não ambição no campeonato. Se o time está jogando em casa aumenta a probabilidade dele vencer, por exemplo. Mas a estatística só deixa de ser aleatória no momento em que você atinge os 100% ou o 0% - cita Reinaldo Castro Souza, professor de Engenharia Elétrica da PUC-Rio.
 
Quando ocorre um resultado improvável, o primeiro a ser crucificado não é o treinador, é o matemático. Em 2009, o Fluminense tinha só 1% de chance de escapar do rebaixamento e conseguiu. Em 2001, o Flamengo se livrou da Série B na última rodada, assim como ocorreu com o Grêmio em 2003. O atacante tricolor Rafael Sóbis prefere não pensar na matemática.
 
- Isso de risco e porcentagem não existe. Algumas rodadas atrás falavam para nós que dez pontos nos salvavam. Se a gente ganhar no domingo fazemos esses dez pontos e talvez eles não nos salve.
Se o Fluminense tem 86% de chances de rebaixamento, esse número chega a 83% com o Vasco. O Coritiba, primeiro time acima da zona de rebaixamento, tem 30% de risco de queda. Criciúma, Portuguesa e Inter, ainda em risco, têm 1% de probabilidade de queda cada um.




Fonte: SporTV

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