Passeata reúne famílias de vítimas em Cuiabá
Uma passeata realizada na manhã deste sábado (17), entre a Avenida Carmindo de Campos, em frente à Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), e a ponte Júlio Muller, em Cuiabá, reuniu centenas de pessoas e familiares de pessoas assassinadas na capital e que aguardam justiça e penas rígidas para os assassinos.
Lauro Camargo, pai do menino Ryan Alves Camargo, 4, assassinado brutalmente assim como sua avó, Admárcia Mônica da Silva Alves, 44, foi o organizador da passeata, que é também uma homenagem e um grito por justiça pelas mortes de outra criança, o garotinho Hemilton Jorge Neto, 4, e sua mãe Ariele Lopes Vieira, 23, executados a tiros de pistola por Jeanderson Xavier Rangel, 24, que matou o próprio filho e a ex-namorada na manhã do dia 1º de novembro no bairro Serra Dourada, em Cuiabá.
“Queremos rigor na apuração dos crimes. Lutamos também para que não haja progressão de pena aos acusados e para que eles não tenham benefícios e paguem pelos crimes que cometeram”, desabafou Lauro.
Familiares da jovem Juliene Anunciação Gonçalves, 22, também morta na Capital em maio deste ano, cujo corpo foi encontrado amarrado com a própria calça e suspenso no corrimão da arquibancada no Miniestádio do Botafogo, localizado CPA também foram convidados a participarem da caminhada. O crime ocorreu em maio e até agora, 6 meses depois, continua sem solução por parte da Polícia Civil e sem nenhum suspeito preso.
“Não temos nada de concreto, nem mesmo os resultados dos exames. Alguns poucos laudos que conseguimos estão sem a assinatura de peritos e, por isso, não servem para nada”, afirmou Marlene Anunciação, mãe de Juliene.
A soltura do vendedor Antônio Rodrigo da Silva, 25, abalou familiares amigos da vítima que desde então querem que as investigações apresentem provas concretas que apontem para assassino. O motivo, é que a delegada do caso, Anaíde Barros concluiu o inquérito no prazo legal de 10 dias, mas apenas com indícios contra o vendedor e sem qualquer prova técnica. Isso porque os exames demandam tempo de no mínimo 30 dias para ficarem prontos. Diante da situação, a defesa do acusado solicitou o relaxamento da prisão que foi concedido pela juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Ela entendeu que a prisão do acusado representava constrangimento ilegal, por excesso de prazo.
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