Políticos israelenses propõem adiamento de eleições por conflito
Vários ministros do Likud e dirigentes do opositor Partido Trabalhista levantaram a possibilidade de adiar as eleições parlamentares do dia 22 de janeiro porque a ofensiva militar em Gaza dificulta a realização de primárias nos partidos que as têm pendentes.
"É preciso cogitar a possibilidade de adiar as primárias para não pôr em perigo os eleitores", disse o ministro de Meio ambiente, Gilad Erdán, do governante Likud, segundo o jornal Yedioth Ahronoth.
A ele se somaram neste fim de semana outros membros do governo e deputados do Likud, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em uma proposta que poderia receber o apoio também do Partido Trabalhista, comandado por Sheli Yajimovich.
Uma parte considerável dos funcionários e militantes envolvidos na preparação das primárias trabalhistas foi alistada dentro da parcela de 75 mil reservistas aprovada na sexta-feira pelo Executivo israelense prevendo uma possível invasão de Gaza.
O problema de ambos partidos, os únicos que têm pendentes ainda suas primárias, não é só organizativo, mas de segurança, ou seja, pedir aos eleitores que saiam às ruas para votar em meio aos lançamentos de foguetes de Gaza.
A impossibilidade de realizar primárias impediria a apresentação de listas de candidatos ao Parlamento antes do dia 6 de dezembro, como exige a lei eleitoral, o que pode atrasar as eleições de 22 de janeiro.
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