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Nacional
Segunda - 19 de Novembro de 2012 às 07:12

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Cerca de 700 mil pessoas, segundo informações do comandante do 19º BPM (Copacabana), tenente-coronel Cláudio Costa. participaram da 17ª edição da Parada do Orgulho LGBT, conhecida como Parada Gay, realizada neste domingo (18), na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio. cerca de 700 mil participantes. Apesar dos números divulgados pela PM, organizadores do evento calcularam um público maior, próximo a 1,5 milhão de pessoas.

“O número de participantes não faz diferença. O que realmente importa é que este é um evento de grande visibilidade, que traz uma mensagem de paz e pede ao Congresso Nacional para criminalizar a homofobia e alerta as autoridades para o fato de somente 10% dos municípios brasileiros terem políticas públicas voltadas para homossexuais”, disse um dos fundadores do Grupo Arco-Íris e coordenador do programa Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.

O desfile que seguiu do Posto 6 ao Posto 2, contou com 15 trios elétricos e começou às 16h, uma hora após o previsto, devido à grande quantidade de discursos realizados na concentração do evento. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, foi um dos que se pronunciou e, representando o governador Sérgio Cabral, levou boas novas aos participantes.

O tradicional bandeirão com as cores do arco-íris não resistiu à animação do público, que abriu um buraco no adereço (Foto: Alexandre Durão/G1)

O tradicional bandeirão com as cores do arco-íris não resistiu à animação do público, que abriu um buraco no adereço (Foto: Alexandre Durão/G1)

“O Rio foi pioneiro em duas leis sugeridas em eventos como esse. Uma delas, em vigor, garante ao público LGBT direitos previdenciários. A segunda lei foi suspensa no Tribunal de Justiça há cerca de um mês, quando um homofóbico entrou com um recurso e suspendeu a lei. Mas na próxima semana, o governador vai reapresentá-la. Essa é uma lei que nasceu do desejo das pessoas que vão paras ruas gritar por seus direitos. É nas ruas que se conquista a liberdade", disse Minc.

Outra novidade anunciada por Cláudio Nascimento foi a convocação para a passeata em defesa dos royalties do petróleo, no dia 26, no Centro da cidade. Uma enorme bandeira convocava o público gay para o evento.

“Sem os royalties do petróleo uma série de programas de assistência social, inclusive dirigidos a homossexuais, ficarão sem investimentos, serão prejudicados”, destacou Nascimento.
Debaixo de sol forte, gays, lésbicas, travestis, transexuais e simpatizantes dançaram e se divertiram debaixo de sol forte e muito calor. Sob o tema “Coração não tem preconceitos. Tem amor”, com trajes coloridos, emplumados, brilhantes e descontraídos, os participantes fizeram da orla uma grande pista de dança.

Uma enorme faixa foi exibida, durante a Parada Gay, convocando a população para o ato a contra a aprovação do projeto de lei que redistribui os royalties do petróleo (Foto: Alexandre Durão/G1)

Uma enorme faixa foi exibida, durante a Parada Gay, convocando a população para o ato a contra a aprovação do projeto de lei que redistribui os royalties do petróleo (Foto: Alexandre Durão/G1)
 

Teve super-herói como Wolverine, Carmem Miranda com Zé Carioca e Hebe Camargo. Mas houve também quem não seguisse a própria intuição, como o comerciante Milton Estevam, que se vestiu de Rainha do Silicone Queen.

“Há oito anos desfilo na Parada Gay, não só no Rio, mas em Brasília e São Paulo. Além da diversão, crio a personagem para chamar a atenção das pessoas contra a homofobia e o preconceito de algumas religiões”, disse o siliconadíssima Rainha.

Teve gente que foi apenas de short e camiseta, mas se divertiu do mesmo jeito, como o vendedor Eduardo Silviano, que pulava junto com um grupo de amigos sem parar. “Isso aqui é muito alto astral, nem o calor me derruba. Não dá para ficar parado. A gente vem para cá para desfilar nossa alegria, se divertir. Não precisa de fantasia, precisa de energia”, disse Eduardo.

As amiga heterossexuais Adriana e Ennyr foram comemorar o título do Fluminense na Parada Gay (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)

As amigas Adriana e Ennyr (Foto: Alba Valéria
Mendonça/ G1)

Já as protéticas Adriana Cristina, torcedora do Fluminense, e Ennyr Silva, torcedora do Flamengo, aproveitaram o domingo de folga para ver a Parada Gay pela primeira vez. As amigas fazem parte do percentual dos 40% heterossexuais que participam da festa, segundo cálculos do Grupo Arco-Íris.

“Não somos gays. Viemos de curiosidade. Vou aproveitar para comemorar o título do Fluminense. Tudo é festa”, disse a torcedora do time de futebol, que sagrou-se tetracampeão brasileiro no último domingo (11).

A festa terminou por volta das 20h. Segundo o comandante do 19º BPM, sem grandes incidentes: alguns casos de furto e pequenos acidentes sem gravidade.

Já agentes da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop), com apoio da Guarda Municipal, apreenderam 1.976 bebidas diversas, 52 óculos, 36 espetinhos de camarão, dois guarda-sóis, dois triciclos, uma bandeja, uma faca e uma canga com ambulantes não autorizados durante o evento. Também foram multados 461 veículos e 44 rebocados por estacionamento irregular nas imediações do evento.

Público caprichou nas fantasias ao participar da 17ª Parada do Orgulho LGBT, em Copacabana, Zona Sul do Rio (Foto: Alexandre Durão/G1)

Público caprichou nas fantasias ao participar da 17ª Parada do Orgulho LGBT, em Copacabana, Zona Sul do Rio (Foto: Alexandre Durão/G1)




Fonte: Do G1

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