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Internacional
Terça - 20 de Novembro de 2012 às 07:12

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O Exército da Colômbia manterá suas operações contra as FARC apesar do anúncio de trégua unilateral realizado nesta segunda-feira pela guerrilha comunista no começo das negociações de paz em Cuba, afirmou o ministro de Defesa, Juan Carlos Pinzón. "Essa é a postura muito clara que corresponde à Força Pública, continuar trabalhando para perseguir esses indivíduos que violaram todo tipo de códigos, de normas e atentaram contra a vida e a honra dos colombianos", destacou Pinzón em coletiva de imprensa. As FARC são perseguidas por "todos os crimes que cometeram ao longo de tantos anos e não pelos crimes futuros", disse.

O ministro também colocou em dúvida a vontade das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em manter um cessar fogo. "Tomara que cumpram com o que prometeram, mas a realidade é que a história mostra que esta organização terrorista nunca cumpriu nada", afirmou Pinzón. O número dois das FARC, Iván Márquez, anunciou nesta segunda-feira um cessar das operações ofensivas guerrilheiras durante dois meses a partir de meia-noite desta segunda-feira com objetivo de "fortalecer o clima de entendimento necessário" para os diálogos de paz. Márquez informou esta trégua no Palácio de Convenções de Havana momentos antes de começar o primeiro dia das negociações com o governo colombiano, que buscam uma solução para o conflito armado que já dura quase meio século.

O presidente Juan Manuel Santos, que sempre rejeitou uma trégua bilateral durante as negociações, não se referiu ao anúncio das FARC em seu discurso da tarde de segunda-feira sobre a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) no litígio marítimo com a Nicarágua. A decisão das FARC foi saudada pelo movimento civil Colombianos e Colombianas pela Paz, que tinha proposto publicamente a ambas partes que decretassem a trégua. Solicitamos ao governo "que decida cessar as atividades militares ofensivas, o que será uma mensagem de esperança para os colombianos", reiterou este movimento liderado por Piedad Córdoba, ex-senadora e mediadora de dezenas de libertações de sequestrados das FARC nos últimos anos. As negociações de paz, que nesta primeira etapa durarão 10 dias, abordam, em primeiro lugar, o tema do desenvolvimento agrário.




Fonte: AFP

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