A ministra da Cultura, Marta Suplicy, apresentou nesta terça-feira em São Paulo um pacote de editais para incentivar artistas negros nas áreas de audiovisual, circo, dança, música, teatro, literatura, artes visuais e pesquisa acadêmica, com recursos iniciais no valor de R$ 10 milhões.
"O objetivo é aumentar as oportunidades para a comunidade negra poder se inserir na produção cultural. O que nós queremos é que um maior número de brasileiros negros possa viver da sua arte. Isso ainda não acontece. Nós não temos nosso Spike Lee, mas vamos ter com certeza", afirmou Marta em referência ao cineasta americano negro.
O Dia da Consciência Negra, celebrado em quase 800 dos mais de cinco municípios brasileiros, contou também com a inauguração de três exposições no Museu Afro Brasil, no Parque do Ibirapuera, que reúnem fotografias, instrumentos, adornos e peças que vão desde a época da escravidão até nossos dias.
Na Universidade Zumbi dos Palmares, centro educativo para afrodescendentes em São Paulo, aconteceu o Seminário Internacional do Observatório da População Negra, que contou com a participação de Bernice King, filha de Martin Luther King, Prêmio Nobel da Paz em 1964.
Durante o seminário, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República apresentou um relatório no qual apontou que os negros são maioria entre o 5% da população mais pobre do país, representando 70% desse grupo.
No Rio de Janeiro, as atividades começaram com a tradicional lavagem do Monumento de Zumbi e com a abertura de exposições de fotografia e arte ao ar livre.
Também no Rio, organizações não-governamentais que atendem à população negra realizaram atividades lúdicas e culturais com as crianças de várias comunidades cariocas. EFE
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