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Polícia
Quarta - 21 de Novembro de 2012 às 08:06

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Os dois seguranças da fazenda São João pertencente ao bicheiro João Arcanjo Ribeiro - e arrendada para um grupo que industrializa peixes - deverão ser ouvidos pelo delegado João Bosco de Barros. Eles são os principais suspeitos do envolvimento na morte do pedreiro João Gonçalo de Campos, de 53 anos, encontrado morto num dos tanques na última sexta-feira.

O depoimento ainda não está marcado, mas os advogados dos seguranças já sinalizaram ao delegado que eles deverão ser ouvidos em breve para esclarecer os fatos. Conforme os policiais que participam das investigações, os seguranças disseram que atiraram para o alto apenas para assustar os três homens que entraram de forma ilegal na fazenda para pescar.

“Vamos ouvir os depoimentos. A sequencia das investigações vai depender desses depoimentos”, informou o delegado João Bosco, responsável pelas investigações.

O delegado lembrou que o laudo de necropsia do pedreiro, no entanto, aponta que ele foi assassinado, pois foi encontrada uma grande quantidade de areia nos pulmões, indicando que ele tenha sido jogado e seguro na água do tanque, que tem pouco mais de 30 centímetros de profundidade. O corpo do pedreiro foi localizado dois dias após desaparecer, na quarta-feira à noite no mesmo local.

O delegado explicou que o laudo indica que o pedreiro foi afogado e não se afogou, uma vez que a areia aparece quando alguém é seguro dentro d’água num rio ou lagoa à força. “Não havia sinais de tiros - e nem precisava. Temos as provas cabais de que se trata de um assassinato”, frisou.

Na quarta-feira à noite, o pedreiro, o irmão Jucinei e um amigo identificado como Santana foram pescar de vara num dos tanques da fazenda quando, por volta das 20 horas, foram cercados por dois supostos seguranças armados com escopetas que chegaram numa motocicleta vermelha. Eles apontaram as armas para os três pescadores e ainda deram dois tiros, que passaram próximo das vítimas.

Segundo o irmão de João Gonçalo, ele e Santana ficaram parados, mas a vítima correu em direção ao mato e os criminosos foram atrás. “Então a gente correu para o outro lado. Não demorou muito e ouvimos mais dois tiros”, relatou Jucinei. Os três são moradores no Jardim Glória II, em Várzea Grande.

Na quinta-feira, Jucinei e outros dois irmãos foram até a fazenda em busca de notícias do irmão, mas não obtiveram resposta. “Ainda conversei com o gerente e ninguém me disse nada. Voltamos no mesmo local e nada”, relatou.






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