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Política
Terça - 27 de Novembro de 2012 às 21:03
Por: Iara Lemos

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Um acordo firmado nesta terça-feira (27) entre a bancada governista e o líder do PSOL no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), resultou no adiamento da votação do requerimento que pedia a convocação da ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha para prestar esclarecimentos na Casa.

Rosemary foi indiciada pela Polícia Federal em razão da operação Porto Seguro, que apura um esquema de fraudes em pareceres técnicos de órgãos públicos com a finalidade de beneficiar empresas privadas.

A votação do requerimento que pedia a convocação de Rosemary foi "sobrestada" (adiada) em pelo menos uma semana.

Em troca, os integrantes da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado aprovaram, no começo da tarde desta terça-feira (27), requerimentos que convidam para prestar depoimento à comissão o ministro Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União (AGU), o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, e o diretor-geral da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo.

“Na semana que vem, após os depoimentos, que serão na quarta e na quinta-feira, vamos avaliar quais são os próximos passos. Ela [Rosemary] foi indiciada, está sendo investigada. Ela foi exonerada sem nenhum pré-julgamento. Agora, vamos avaliar [convocação],e caminhando um passo de cada vez. Não podemos sair pré-julgando”, disse o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM).

Braga negou que o governo estivesse tentando “blindar” a ex-chefe do escritório da Presidência da República ao evitar que o requerimento de convocação fosse apreciado.

“Claro que não [não é blindagem]. [...] O governo tomou todas as medidas com a maior velocidade possível. Todos os fatos foram apurados pela Polícia Federal”, disse.

Autor do requerimento, Randolfe Rodrigues disse que só aceitou o acordo com o governo de adiar a votação do requerimento para evitar que o pedido de convocação de Rosemary fosse rejeitado na comissão.

“Se fosse para o voto, perderíamos. Apenas sobrestamos [...] O acordo foi feito pelo governo com o PSOL, mas não descartamos colocar o requerimento em votação no futuro”, disse o Randolfe Rodrigues.

Oposição nega acordo
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), afirmou que não houve nenhuma conversa com o governo para evitar uma possível convocação de Rosemary. Agripino afirmou que o DEM irá protocolar requerimento pedindo a convocação.

“Absolutamente foi feito acordo comigo e nem com o PSDB. Vamos apresentar requerimento para convocar a Rosemary no momento oportuno. Vamos deixar acumular mais instrumentos de acusação”, disse Agripino.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR) também negou acordo com o governo. Dias é autor de um requerimento que ainda não foi colocado em votação na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado.

“O Randolfe fez acordo por ele. Eu não fiz acordo algum. Vamos tentar colocar em votação o requerimento na comissão”, afirmou.






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