No início de um encontro privado no Salão Oval da Casa Branca, Obama felicitou Peña Nieto por seu triunfo em julho e afirmou que o México é muito mais que um parceiro dos EUA.
"O México se transformou não simplesmente em um importante parceiro, mas hoje é um líder multilateral, multinacional, muito importante em uma ampla gama de assuntos, da energia até a mudança climática, e esperamos trabalhar juntos não só em assuntos regionais, mas também globais", declarou Obama.
O líder americano reiterou a vontade de seu Governo de fortalecer os vínculos econômicos e comerciais com o México, assim como a coordenação bilateral na fronteira comum e na luta contra o narcotráfico.
Obama destacou as "incríveis contribuições" dos mexicanos à economia, sociedade e vida política dos EUA, ao mesmo tempo em que reconheceu o interesse do México em que os americanos realizem uma reforma migratória integral.
Essa reforma migratória, estagnada no Congresso desde 2010 devido à falta de consenso, permitiria regularizar os imigrantes ilegais nos EUA, boa parte deles procedente do México.
Por sua parte, Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), propôs a Obama um "replanejamento" da relação bilateral, para que tenha ênfase na troca comercial e econômica.
Peña Nieto destacou que, com um passado como legisladores locais, tanto ele como Obama têm "uma grande sensibilidade sobre os problemas que enfrentam nossos povos", como a geração de empregos perante o arrefecimento global.
Em relação à segurança, o futuro presidente mexicano ressaltou que tem "um grande compromisso com os mexicanos para conseguir a redução da violência, e por isso estarei propondo uma nova estratégia que nos permita conseguir esse objetivo".
Acrescentou que se propõe a aumentar a cooperação com os EUA para "construir fronteiras modernas, seguras, que nos permitam estar mais integrados na América do Norte".
A visita de Peña Nieto acontece em momentos em que o México reduziu a emigração ilegal rumo aos EUA e a violência derivada do narcotráfico, além de que, em 2011, a economia mexicana cresceu com maior rapidez que a do Brasil.
Segundo a revista "The Economist", se manter a tendência atual para 2018, os EUA importarão mais do México que de qualquer outro país.
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