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Professores pedem dinheiro aos pais, fazem cota entre eles e ainda pedem verdura nos mercados próximos para continuar funcionando
Faltam alimentos nas creches de VG
Há um mês sem leite, dois meses sem carne e quatro meses sem pão. Esta é a realidade das creches e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) de Várzea Grande.
Para alimentar os alunos, as direções das unidades dependem da doação de alimentos por empresários e de cotas realizadas entre os pais e professores. O leite, por exemplo, tem sido substituído por chá, em alguns casos.
“Ontem mesmo comprei açúcar, porque nós não recebemos. No dia a dia fazemos cota ou recebemos de alguns supermercados os legumes que ainda dá para aproveitar de alguma forma”, conta a diretora do Cmei Jonas Pinheiro, Luisa Barbosa.
Membro da diretoria da sub-sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep) no município, ela afirma que a situação é generalizada. “É um caos! Nas escolas ainda há como se virar, mas nas creches não, porque as crianças ficam o dia todo. Não pode faltar comida”, reclama.
Além da ausência da merenda, as creches também enfrentam problemas de infraestrutura. A maior parte delas, segundo Luisa, não possui banheiros ou ambientes adaptados para atender a faixa etária das crianças – de zero a cinco anos.
No Cmei Professora Eleuza Maria Souza Santos, inaugurado em julho deste ano, a questão é ainda mais básica. Falta luz. A rede elétrica foi desligada há cerca de 20 dias porque a escola não possuía unidade consumidora. Funcionava com uma ligação clandestina, o famoso “gato”.
Segundo a diretora da unidade, Marli Arruda, o prédio foi entregue desta forma pela construtora. “Agora está tudo regularizado. Eu mesma registrei a escola, mas a luz não foi religada porque não temos um padrão trifásico. Como possuímos ar-condicionado e freezer, a Cemat diz que o nosso (bifásico) não é compatível. Já a prefeitura alega que não tem dinheiro para comprar o outro”, conta.
Com a falta de luz, Marli se viu obrigada a reduzir o horário de atendimento do Cmei. As 80 crianças de zero a três anos que deveriam ficar na unidade das 6h15 às 17h30 são dispensadas às 11h. Isso porque sem energia elétrica não há como armazenar comida ou ligar a bomba que leva a água até o reservatório, no telhado.
Esta “solução” também foi adotada na creche Ana Rosa da Silva, que ficou sem água esta semana. Uma rachadura no reservatório provocou um vazamento e impediu o armazenamento de mais água, trazida por um caminhão pipa. Problema que só deve ser resolvido com a compra de uma caixa d’água nova.
A iniciativa de solicitar caminhões pipas, no entanto, não é exclusividade em casos como este. Segundo Luisa, a maior parte das creches e escolas de Várzea Grande dependem deste sistema para ter água nas torneiras.
Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que está fazendo um levantamento de todos os problemas das unidades escolares e buscará resolver as questões o mais rápido possível.
Para alimentar os alunos, as direções das unidades dependem da doação de alimentos por empresários e de cotas realizadas entre os pais e professores. O leite, por exemplo, tem sido substituído por chá, em alguns casos.
“Ontem mesmo comprei açúcar, porque nós não recebemos. No dia a dia fazemos cota ou recebemos de alguns supermercados os legumes que ainda dá para aproveitar de alguma forma”, conta a diretora do Cmei Jonas Pinheiro, Luisa Barbosa.
Membro da diretoria da sub-sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep) no município, ela afirma que a situação é generalizada. “É um caos! Nas escolas ainda há como se virar, mas nas creches não, porque as crianças ficam o dia todo. Não pode faltar comida”, reclama.
Além da ausência da merenda, as creches também enfrentam problemas de infraestrutura. A maior parte delas, segundo Luisa, não possui banheiros ou ambientes adaptados para atender a faixa etária das crianças – de zero a cinco anos.
No Cmei Professora Eleuza Maria Souza Santos, inaugurado em julho deste ano, a questão é ainda mais básica. Falta luz. A rede elétrica foi desligada há cerca de 20 dias porque a escola não possuía unidade consumidora. Funcionava com uma ligação clandestina, o famoso “gato”.
Segundo a diretora da unidade, Marli Arruda, o prédio foi entregue desta forma pela construtora. “Agora está tudo regularizado. Eu mesma registrei a escola, mas a luz não foi religada porque não temos um padrão trifásico. Como possuímos ar-condicionado e freezer, a Cemat diz que o nosso (bifásico) não é compatível. Já a prefeitura alega que não tem dinheiro para comprar o outro”, conta.
Com a falta de luz, Marli se viu obrigada a reduzir o horário de atendimento do Cmei. As 80 crianças de zero a três anos que deveriam ficar na unidade das 6h15 às 17h30 são dispensadas às 11h. Isso porque sem energia elétrica não há como armazenar comida ou ligar a bomba que leva a água até o reservatório, no telhado.
Esta “solução” também foi adotada na creche Ana Rosa da Silva, que ficou sem água esta semana. Uma rachadura no reservatório provocou um vazamento e impediu o armazenamento de mais água, trazida por um caminhão pipa. Problema que só deve ser resolvido com a compra de uma caixa d’água nova.
A iniciativa de solicitar caminhões pipas, no entanto, não é exclusividade em casos como este. Segundo Luisa, a maior parte das creches e escolas de Várzea Grande dependem deste sistema para ter água nas torneiras.
Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que está fazendo um levantamento de todos os problemas das unidades escolares e buscará resolver as questões o mais rápido possível.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/25597/visualizar/
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