Seabra espancou Castro com um monitor de computador e uma garrafa de vinho e usou um saca-rolhas para cortar os testículos do jornalista num quarto de hotel na Times Square, no centro de Nova York.
"Você não precisa de um especialista para te dizer que isso é comportamento psicótico", disse ao júri um dos advogados de Seabra, David Touger, nos argumentos finais. Mais de 20 médicos diagnosticaram Seabra com desordem bipolar, ele disse.
Mas o júri considerou o modelo culpado depois de deliberar por um dia, anunciando o veredicto nesta sexta-feira.
"Este foi um crime brutal e sádico, onde Renato Seabra espancou e mutilou sua vítima antes de assassiná-la", disse o promotor Vance em comunicado. "Mas o veredicto do júri agora, finalmente, considera Seabra responsável."
"É particularmente trágico que Carlos Castro não foi apenas traído por seu amante rejeitado, mas teve um fim muito doloroso e violento muito longe de sua casa", disse Vance.
A sentença de Seabra, também português, deve ser anunciada em 21 de dezembro.
Castro, que conheceu Seabra pelo Facebook, era um jornalista e ativista de direitos humanos que escrevia sobre moda e sociedade para o Diario de Noticias, o 24Horas e o Correio da Manhã.
Como a relação deles acabou se diluindo em discussões ferozes durante a estadia em Nova York, Seabra ficou enfurecido, disse ao júri a promotora-chefe Maxine Rosenthal.
Após matar Castro, Seabra desconectou o telefone do quarto, destruiu o celular de Castro e colocou o aviso "Não Perturbe" na porta ao sair para ganhar mais tempo, ela disse. Ele pegou cerca de 1.600 dólares da carteira do jornalista e as informações de voo com a intenção de fugir, disse.
"Isso mostra presença de espírito, é uma ação deliberada e é inconsistente com a ilusão", acrescentou.
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