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Internacional
Sábado - 01 de Dezembro de 2012 às 07:12

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Renato Seabra, de 23, matou Carlos Castro, de 65, em janeiro de 2011. (Foto: Bebeto Matthews/AP)
Renato Seabra, de 23, matou Carlos Castro, de 65, em janeiro de 2011. (Foto: Bebeto Matthews/AP)
Um tribunal da cidade de Nova York condenou um jovem modelo que matou e castrou seu amante, um proeminente jornalista português, rejeitando o argumento da defesa de que ele não era culpado por razões de insanidade, disseram promotores.

Renato Seabra, de 23 anos, matou Carlos Castro, de 65 anos, em janeiro de 2011 e se declarou inocente da acusação de homicídio em segundo grau alegando insanidade, em um tribunal criminal em Manhattan. O julgamento durou quase dois meses, em parte porque foi adiado vários dias pelo furacão Sandy.

Seabra espancou Castro com um monitor de computador e uma garrafa de vinho e usou um saca-rolhas para cortar os testículos do jornalista num quarto de hotel na Times Square, no centro de Nova York.

"Você não precisa de um especialista para te dizer que isso é comportamento psicótico", disse ao júri um dos advogados de Seabra, David Touger, nos argumentos finais. Mais de 20 médicos diagnosticaram Seabra com desordem bipolar, ele disse.

Mas o júri considerou o modelo culpado depois de deliberar por um dia, anunciando o veredicto nesta sexta-feira.

"Este foi um crime brutal e sádico, onde Renato Seabra espancou e mutilou sua vítima antes de assassiná-la", disse o promotor Vance em comunicado. "Mas o veredicto do júri agora, finalmente, considera Seabra responsável."

"É particularmente trágico que Carlos Castro não foi apenas traído por seu amante rejeitado, mas teve um fim muito doloroso e violento muito longe de sua casa", disse Vance.

A sentença de Seabra, também português, deve ser anunciada em 21 de dezembro.

Castro, que conheceu Seabra pelo Facebook, era um jornalista e ativista de direitos humanos que escrevia sobre moda e sociedade para o Diario de Noticias, o 24Horas e o Correio da Manhã.

Como a relação deles acabou se diluindo em discussões ferozes durante a estadia em Nova York, Seabra ficou enfurecido, disse ao júri a promotora-chefe Maxine Rosenthal.

Após matar Castro, Seabra desconectou o telefone do quarto, destruiu o celular de Castro e colocou o aviso "Não Perturbe" na porta ao sair para ganhar mais tempo, ela disse. Ele pegou cerca de 1.600 dólares da carteira do jornalista e as informações de voo com a intenção de fugir, disse.

"Isso mostra presença de espírito, é uma ação deliberada e é inconsistente com a ilusão", acrescentou.






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