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Nacional
Terça - 04 de Dezembro de 2012 às 08:29

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Dênia Ferreira de Castro Silva, mãe da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, que morreu ao fazer uma cirurgia para colocar silicone nos seios, em Goiânia, disse que está inconformada com a morte da filha. “Ela era um doce, um amor, amiga, companheira. Nunca me deu trabalho. Ela me obedecia e só não me obedeceu nisso. Falei para ela não fazer a cirurgia, mas era o sonho dela”, lamentou a mãe, em entrevista à TV Anhanguera. Ela contesta o laudo médico sobre a morte da filha, que alegou que a jovem sofreu as paradas cardíacas porque seria usuária de drogas. "Isso não é verdade", garante.

 Louanna era de Jataí, no sudoeste de Goiás, e foi eleita Miss Jataí Turismo em maio deste ano. Segundo a família, ela sonhava com a cirurgia. A jovem faleceu no sábado (1º), após sofrer duas paradas cardíacas durante a cirurgia que aconteceu em um hospital de Goiânia. Segundo o cunhado da vítima, Leandro Cabral, a modelo já tinha feito o procedimento na mama direita, mas sofreu uma parada cardíaca ao receber a prótese na mama esquerda. Sem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital, a jovem teve de ser encaminhada para outra unidade, mas não resistiu.

“Minha filha era uma mãe para mim porque ela cuidava de mim. Comprava roupa, penteava meu cabelo, me mandava ir ao médico. Não sei o que vai ser de mim sem ela”, desabafou Dênia.

Investigação
A Polícia Civil já instaurou inquérito para apurar as causas da morte da modelo. Para concluir as investigações, a polícia precisa do resultado dos laudos do Instituto Médico Legal (IML). Um deles, o toxicológico, vai apontar se a jovem tinha ou não a presença de drogas no organismo.

O exame foi pedido porque o laudo médico sobre a morte dizia que a jovem sofreu as paradas cardíacas porque seria usuária de entorpecentes, versão contestada pela família. O resultado do exame toxicológico pode levar mais de um ano para ficar pronto, segundo o IML.

“Muitos filhos fazem isso escondido dos pais [usam drogas], mas eu falo pelo caráter dela e por todos os amigos que conhecem ela e sabem que isso não é verdade. Eles vão ter que provar isso”, afirma a mãe de Louanna.

Segundo a titular do 13º Distrito Policial de Goiânia, Mirian Aparecida Borges de Oliveira, que investiga o caso, apesar de demorado, ela precisa do resultado do exame toxicológico para concluir o inquérito: “Com o resultado, vamos saber se houve ou não negligência médica”.

Sonho
Segundo a família, Louanna sonhava com a cirurgia. “Aquela menina era linda demais, mas ela não gostava dos seios e queria colocar silicone. Então, eu apoiei o sonho dela”, afirmou Giuliano Cabral, em entrevista ao G1, na tarde de segunda-feira (3). Ele vivia com a jovem há sete anos.

O problema maior, segundo Giuliano, é que o médico que operou a jovem não teria esclarecido que a UTI não ficava no hospital: “Na verdade, ele falou que a gente tinha duas opções. Ele operava aqui em Jataí ou em Goiânia. Preferimos Goiânia justamente por causa da UTI, mas ele não explicou que a unidade não tinha UTI. Pelo contrário, ele nos disse que estava tudo tranquilo”.


Modelo morre após fazer cirurgia para colocar silicone nos seios, em Jataí, Goiás (Foto: Reprodução/ Facebook)

Modelo morreu após fazer cirurgia para colocar silicone nos seios (Foto: Reprodução/ Facebook)
 

Modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de Jataí, em Goiás, morreu ao colocar silicone (Foto: Reprodução/Facebook)

Família nega que modelo seria usuária de drogas (Foto: Reprodução/Facebook)


Segundo a família, o médico tem uma clínica em Jataí e outra em Goiânia, mas costuma operar no Hospital Buriti, na capital. O G1 entrou em contato com o hospital, mas informação foi de que ele não atende no local, somente realiza cirurgias e, por isso, não teria como encontrá-lo. Na clínica em Jataí, o telefone não atendeu.

Ao G1, a delegada informou que ainda nesta semana vai entrar em contato com a família da modelo para começar as oitivas. “Vou ver se eles têm condições de vir a Goiânia. Se não tiverem, vou mandar uma precatória para Jataí, para que sejam ouvidos lá”, afirmou Mirian.





Fonte: Do G1 GO

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