A equipe de Shelley Taylor, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, mostrou que a capacidade de reconhecer um rosto não confiável está ligada a uma região do cérebro conhecida como ínsula anterior, e que essa área é menos ativa nas pessoas mais velhas.
Os pesquisadores mostraram fotos de pessoas que foram feitas propositalmente para parecerem confiáveis, neutras ou não confiáveis. Em geral, jovens e idosos concordaram em relação aos que pareciam confiáveis, mas os jovens têm maior tendência a desconfiar das pessoas pela aparência.
Em outra fase do estudo, os voluntários passaram por exames de ressonância magnética enquanto avaliavam essas imagens. Foi quando os cientistas identificaram as diferenças de intensidade no uso da ínsula anterior.
Para Taylor, a melhor maneira de reconhecer um golpista é por pequenos sinais em seu rosto, como um sorriso falso e um olhar que evita o contato direto com a vítima.
Os pesquisadores ressaltaram o impacto que as fraudes impõem sobre a população mais velha. Um estudo anterior mostrou que, em 2010, americanos com mais de 60 anos perderam pelo menos US$ 2,9 bilhões em golpes. A vítima média é do sexo masculino, tem 55 anos e alguma experiência em investimentos – pois é mais aberto a aplicar seu dinheiro em negócios desconhecidos.
O estudo foi publicado pela "PNAS", revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
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