Delegada e policial estão sendo julgados
Está sendo julgada delegada Helena Yloise de Miranda, acusada de participar da morte de Basílio Bogado Ávila, em 1986, nesta quarta-feira (05), no Fórum da Capital. O julgamento estava previsto para o mês de outurbro e foi transferiso por causa do advogado do policial civil Francisco Dias Lourenço ter renunciado alegando motivos pessoais.
Além da delegada, também esta julgado , o agente da Polícia Civil, João Luiz Campos Lemos. Basílio foi encontrado morto próximo ao km 71, da BR-364, que dá acesso à localidade de São Vicente. Mesmo sendo acusada de participar do crime, Helena Miranda ainda está atuando e atualmente é responsável pela delegacia de Nova Monte Verde e ainda responde por Apiacás e Nova Bandeirantes.
Os outros 2 acusados de envolvimento com o crime , agente da Polícia Civil, Francisco Dias Lourenço e Jorge Aparecido Franco, que na época também atuava na Polícia, mas hoje trabalha como engenheiro clínico, tiveram o julgamento adiado.
Os 4 réus estão sendo acusados pelo crime de homicídio qualificado. Helena Yloise responde a outro processo criminal, resultante da Operação Arrego, quando foi presa em 2007 Basílio foi preso no dia 22 de novembro de 1986, acusado de tentativa de furto e tráfico de drogas. De acordo com o MP, ele foi detido sem motivos reais, já que não houve flagrante e sequer havia ordem judicial para a prisão. Basílio estava na casa da mãe, em Cuiabá, com uma quantia em dinheiro, relógio de ouro e um anel de brilhante. Ele era garimpeiro e durante o tempo que ficou preso foi pressionado a confessar os crimes.
O homem ficou detido na antiga delegacia do bairro CPA III até o dia 23 de novembro de 1986, quando Helena Yloise solicitou que os policiais Candelário Carmo dos Santos e Domingo Francisco da Graça, que estavam de plantão, fossem atender uma chamada, por volta das 18h30.
A ocorrência era falsa e a intenção era despistar os policiais. Consta no processo que, por volta das 16 horas, Basílio teria sido liberado. “A delegada fez, a próprio punho, um termo de soltura que possuía a assinatura da vítima, porém exames grafológicos confirmaram que a letra foi forjada. Além disso, o depoimento de Candelário informava que até às 18h30, quando deixou a sede da delegacia, mesmo existindo o documento de soltura, ele ainda continuava preso”, explica o promotor de Justiça João Gadelha.
Com a saída dos 2 policiais civis, em um Fusca de cor branca e sem placas, o homem foi levado para a região de São Vicente, onde foi executado. Candelário Carmo informou que a delegada era proprietária de um veículo semelhante ao utilizado no crime. O depoimento de José Umberto da Cunha, quem localizou o corpo de Basílio, também reforça a participação da delegada. “Ele (José Umberto) ouviu barulhos de carro, parecido com um Fusca ou uma Brasília, e de 4 disparos”. A Polícia Civil, por meio da assessoria de imprensa, informou que Helena Yloise continua atuando, pois não houve pedido judicial solicitando seu afastamento. (Colaborou Lisânia Ghisi )
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