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Ciência
Quinta - 06 de Dezembro de 2012 às 10:10

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Quase 40 anos depois do dia em que a tripulação da Apollo 17 capturou a famosa imagem da Terra como uma "bola de gude azul" flutuando no espaço, em 7 de dezembro de 1972, a Nasa divulgou um vídeo mostrando o planeta à noite, como uma "bola de gude preta".

As imagens livres de nuvens, tiradas com equipamentos de registro em alta resolução dos espectros visível e infravermelho, a bordo de um satélite da Nasa e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), captura as luzes noturnas da Terra com inéditos detalhes.

Imagen registrada por satélite da Nasa mostra a Terra durante a noite (Foto: NASA Earth Observatory/Reuters)

Imagen registrada por satélite da Nasa mostra a Terra durante a noite (Foto: NASA Earth Observatory/Reuters)

As imagens podem ser vistas, com explicações em inglês, no site da Nasa.

O sensor é capaz de capturar o equivalente a três imagens de baixa luz simultaneamente, o que permite que os pesquisadores estudem a atmosfera, o solo e os oceanos da Terra à noite.

"São dados de altíssima qualidade", disse Christopher Elvidge, cientista da NOAA, a jornalistas numa conferência em San Francisco. "Eu a qualifico como uma resolução espacial seis vezes melhor."

O equipamento, conhecido pela sigla VIIRS (de "conjunto de imagens por radiometria infravermelha visível") é capaz de distinguir o brilho intrínseco da atmosfera noturna e também a luz de um único navio no meio do oceano. O VIIRS está instalado no satélite Suomi NPP, que orbita a Terra cerca de 800 quilômetros acima dos pólos.

Foto de satélite mostra os Estados Unidos durante a noite, com concentração de luzes na Costa Leste (Foto: NASA Earth Observatory/Reuters)

Foto de satélite mostra os Estados Unidos durante a noite, com concentração de luzes na Costa Leste (Foto: NASA Earth Observatory/Reuters)

Os cientistas usaram o sensor dia-noite para observar a supertempestade Sandy, iluminada pela luz da lua, quando da sua passagem pela costa de Nova Jersey, em 20 de outubro. O recurso também flagrou os apagões que atingiram áreas urbanas assoladas pela tempestade.

O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA começou a usar o sensor dia-noite do VIIRS para prever nevoeiros em regiões costeiras, como a de San Francisco.

Algumas imagens do VIIRS surpreenderam os cientistas. O sensor, por exemplo, capturou a luz da alta atmosfera iluminando as nuvens e o gelo em comprimentos de onda visíveis - à noite.

Foto mostra a costa do Atlântico na América do Sul. De cima para baixo, as maiores concentrações de luz mostram as cidades de Buenos Aires, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro (Foto: NASA Earth Observatory/Reuters)

Foto mostra a costa do Atlântico na América do Sul. De cima para baixo, as maiores concentrações de luz mostram as cidades de Buenos Aires, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro (Foto: NASA Earth Observatory/Reuters)





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