Distrito de Progresso: população esquecida lamenta descaso do Poder Público
Saúde, infraestrutura, transporte e segurança. A falta deles reflete diretamente na população do Distrito de Progresso, que não agüenta mais cobrar solução das autoridades responsáveis e afirmam que foram ‘esquecidos’ pelo Poder Público. Nesta semana a reportagem da Rádio Pioneira foi até o Distrito para saber os problemas enfrentados pelos moradores. De cara é possível notar que a falta de infraestrutura predomina. Ruas esburacadas e praticamente inacessíveis tomam conta da cena. Com as chuvas é quase impossível passar por ali.
A presidente da associação de moradores, Rosane Kraemer, recebeu nossa equipe em sua residência e desabafou que só está ainda como representante dos moradores, porque ninguém quer ‘assumir a briga’. “Não temos apoio político. Ninguém quer essa ‘briga’. Estamos esquecidos. Vamos ver agora com o novo prefeito [que é daqui] o que vai ser feito”, diz.
Ela afirma que os últimos acontecimentos políticos que resultaram em desvio de dinheiro público e cassações, refletiram diretamente não somente no Progresso, mas em toda Tangará da Serra. “Uma vez ouvi de um prefeito, que ele não iria investir nada no Progresso, porque não dávamos retorno paras os cofres públicos. Pelo que sabemos, nosso Distrito é bem grande. Poderia se pensar em uma emancipação, como já foi pensado, mas daí entra o jogo político”, comenta. Além de presidente da associação, Rosane ainda representa o artesanato. “A batalha é grande também pelo artesanato onde tiro minha renda. Fizemos projeto, estamos lutando sempre por recursos”, acrescenta.
SAÚDE E TRANSPORTE - Os moradores do Distrito, que somam cerca de 3 mil recebem atendimento médico duas vezes por semana, somente meio período. “O atendimento no único postinho acontece às terças e sextas. E divide as consultas com a população do Joaquim do Boche. A saúde deixa a desejar”, fala.
No local estão sendo construídas moradias para famílias carentes, através do projeto de uma igreja. “Serão cerca de 20 famílias ou mais, que irão morar aqui. Isso significa que o número de moradores aumentará, necessitando mais atendimentos na saúde”, diz Rosane.
Outra luta da presidente é em relação ao transporte. Segundo ela não há transporte coletivo e os moradores que não tem meio de locomoção, precisam esperar na rodovia pelo ônibus da TUT. “Minha briga com a TUT, Turis e Prefeitura é constante. Porque o ônibus da TUT é o único transporte que passa pela rodovia, quando ele para”, fala.
SEGURANÇA – A instalação de um posto policial é um anseio antigo da população. Apesar da aparente tranqüilidade do local, moradores sentem-se desprotegidos. “A promessa foi que no início de 2012, um posto da PM seria instalado aqui. Inclusive o dono de um mercado cedeu o espaço. Mas estamos no final do ano e até agora nada”, lamenta.
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