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Internacional
Segunda - 10 de Dezembro de 2012 às 02:36

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A Assembleia Nacional da Venezuela autorizou, por unanimidade, a viagem de Hugo Chávez a Cuba, onde o presidente se submeterá a uma quarta cirurgia para tratamento de um câncer na região pélvica. A decisão já era esperada, mas a data ou horário da viagem do mandatário ainda não foi confirmada oficialmente.

O plenário do Legislativo foi convocado de maneira extraordinária depois que o governante, 58, anunciou, na noite de sábado (horário local), em cadeia nacional de rádio e televisão, uma nova detecção de células cancerosas.

Após falar pela primeira vez sobre o risco de morte ou de outra inabilitação, Chávez nomeou o vice-presidente e chanceler, Nicolás Maduro, como seu sucessor.

TENSÕES

A autorização parlamentar para que Chávez se ausente do país, válida por mais de cinco dias, foi aprovada pela unanimidade dos deputados governistas e opositores, uma decisão que, apesar do resultado, não deixou de lado as permanentes tensões entre ambos os lados.

Vários deputados governistas questionaram as palavras de solidariedade de seus colegas antichavistas.

"Não sei por que não lhe acho", chegou a dizer o congressista governista Diosdado Cabello, ao deputado e líder do partido opositor Primeiro Justiça, Julio Borges, que se solidarizou com o governante e sua família assegurando que nunca o tema da doença presidencial foi usado como arma política.

  Reuters  
Chávez beija um crucifixo durante pronunciamento em que anunciou terceira cirurgia contra câncer
Chávez beija um crucifixo durante pronunciamento em que anunciou terceira cirurgia contra câncer

"No entanto, este tema da doença do presidente não foi trabalhado com a transparência e a verdade que nosso povo merece. Essas são coisas sobre as que um país democrático tem que discutir para encontrarmos saídas à crise que está se formando", acrescentou Borges.

"O presidente tem todo o direito de se curar, mas a Venezuela tem todo direito de saber a verdade", ressaltou o opositor.

MORALES

O presidente da Bolívia, Evo Morales, manifestou solidariedade a Chávez e desejou que este se recupere logo "para seguir lutando pela defesa de nossos recursos".

A declaração foi feita durante seu discurso na Feira Interministerial, organizada pelo governo da Bolívia em Barcelona. Morales disse que sentiu "uma grande amargura" ao saber da recaída do colega, a quem chamou de "irmão" e "companheiro anti-imperialista e anticapitalista". 





Fonte: DA EFE

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