Incidência de raios ultravioleta no Rio chega ao nível extremo nesta quarta

  Com o forte calor no Rio, os índices de radiação ultravioleta (UV), que pode causar queimaduras e câncer de pele, chegarão aos níveis extremos nesta quarta-feira (8). A presença de uma massa de ar quente impede a chegada de frente fria, e a temperatura máxima chega aos 37°C — a mínima é a 24°C. A qualidade do ar também foi afetada pelo sol e a classificação do ar está inadequada na Zona Oeste.

"A curto prazo, a radiação ultravioleta queima, causa bolhas. A longo prazo, ela vai se acumulando no DNA da célula e esse efeito cumulativo pode alterar essa célula e, se essa célula alterar para o lado maligno, vira câncer de pele", explicou ao Jornal Hoje o dermatologista Érico Di Santi.

 

Raios UV

Os raios UV são fundamentais para manter o planeta aquecido. Como têm ultrapassado cada vez mais a barreira da camada de ozônio, chegam na Terra mais intenso que o normal. Entre as 10h e 16h, 70% dos raios UV são emitidos, inclusive na sombra. Ao meio-dia, a radiação atinge o índice extremo, quando passa de 11 pontos na medição do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em lugares de céu limpo, os raios podem chegar aos 14 pontos, num total de 15.

A exposição sem proteção ao sol pode causar câncer de pele, principalmente em pessoas que tem a pele muito clara ou antecedentes hereditários, como explica o blog "Doutora Ana responde", do G1 (leia mais). O uso de filtro solar a cada três horas é fundamental, segundo os especialistas.

"Além do protetor solar químico, tampar o local que será irradiado é de extrema importância", explica Di Santi.

Dicas contra queimaduras

Em caso de queimaduras, banhos mornos ou frios são recomendados, assim como roupas claras e largas. Compressas geladas de camomila podem ajudar, pois a folha é relaxante e cicatrizante.