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Terça - 11 de Dezembro de 2012 às 06:23

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A partilha da herança do ator e diretor Marcos Paulo acaba de ganhar mais um capítulo. Segundo a revista “Veja” desta semana, uma quarta filha estaria buscando reconhecimento de paternidade por parte do diretor, que morreu em novembro, vítima de uma embolia pulmonar. Ainda segundo o levantamento da revista, a herança do ator e diretor está estimada em 25 milhões de reais em imóveis, investimentos e obras de arte.

Em testamento, Marcos Paulo deixou para Antônia Fontenelle, sua esposa e com quem viveu seus últimos sete anos de vida, 60% de todo o dinheiro e investimentos, segundo informou o advogado da atriz, Carlos Sanseverino. Os outros 40% serão divididos para as três filhas do diretor Vanessa Simões, de 40 anos, Mariana Simões, de 30, e Giulia Costa, de 12, representada pela mãe, a atriz Flávia Alessandra.

No dia 1 de dezembro, Antônia Fontenelle divulgou um comunicado à imprensa falando sobre a situação do inventário do marido. Nele, a atriz faz revelações sobre o relacionamento do ator e diretor com as filhas, sobre a leitura do testamento e a relação com a imprensa, que tem noticiado toda a situação.

Leia na íntegra:

"Tendo em vista as notícias que vêm sendo veiculadas sobre os fatos ocorridos depois do falecimento de Marcos Paulo Simões, tenho a informar o que segue.

Marcos Paulo e eu convivemos como marido e mulher ao longo dos últimos sete anos. Vivemos, trabalhamos e circulamos publicamente nessa condição, fato que é inegável e de conhecimento de todos.

Embora eu tenha meu próprio apartamento, passamos, juntos, grande parte do tempo de nossa relação no apartamento dele, que, aliás, era a nossa casa até o momento em que ele se foi, o que também é de conhecimento público.

Após sua morte, voluntariamente, deixei o imóvel em que vivíamos e me recolhi na minha dor junto ao meu filho.

Por minha iniciativa e postura tínhamos fixado o regime de separação de bens. Inclusive, por documento firmado.

Apesar deste meu desprendimento, Marcos Paulo fez questão de, formalmente, deixar documento que atribuiu direitos a minha pessoa, além daqueles que a lei me assegura. Convocada pelo advogado João Paulo Lins e Silva, testador indicado pelo próprio Marcos Paulo, compareci à reunião no último dia 20 de novembro, em seu escritório, na presença de todas as herdeiras e seus advogados. Eu, também, estava com meu advogado, Carlos Sanseverino.

Nessa reunião o advogado João Paulo Lins e Silva entregou a todos cópia do testamento e da declaração que indicava o desejo e determinação do Marcos Paulo em me beneficiar.

Na presença do testador e dos advogados tudo transcorreu em clima de cordialidade, a despeito das indelicadezas anteriormente dirigidas a minha pessoa.

Enfim, na reunião no escritório do Dr. João Paulo Lins e Silva foi combinado de se lavrar ata daquele momento formal, de atribuição dele testador, responsável por descrever os fatos ocorridos, e foi combinado que falaríamos por intermédio de nossos advogados, para dar seguimento normal às providencias do inventário.

Infelizmente as pessoas não percebem quanta mágoa é produzida, quanto prejuízo é causado, desnecessariamente, por atitudes impensadas, por palavras mal colocadas e pela exploração indevida dos fatos, com a divulgação de notícias por vezes incompletas, por outras inverídicas.

Ressalto, de minha parte, não existir nenhum tipo de sentimento de briga ou de disputa, mas, sim, o de pleno respeito à “Memória” do Marcos e de suas determinações.

Quero lembrar a todos que, nestes sete anos de convivência, estive sempre ao lado dele, até o último dia, amparando-o, confortando-o, sendo sua companheira e esposa de todas as horas, o que também explica o sucesso dos nossos trabalhos e parcerias, também no campo profissional.

No campo afetivo, familiar, nossos amigos e aqueles que conviviam conosco sabem o quanto sempre prezei que Marcos tivesse um ótimo relacionamento com suas filhas, apesar de nem sempre ter sido possível.

Agradeço pelas inúmeras manifestações de carinho que tenho recebido das pessoas que realmente sabiam como era o nosso relacionamento, nosso dia a dia, e que neste momento de tantas tribulações, de dor, são tão importantes.

Por fim, espero que a solução deste caso seja somente uma: a do respeito à história deste grande Ator, Diretor, Amigo, Companheiro e Marido, e que a sua vontade seja cumprida.

Por meu companheiro, por sua “Memória”, fiz, faço e farei a minha parte, honrando-o até sempre, e não permitirei que ninguém tripudie sobre ele ou sobre mim.

Ainda acredito no bom senso das pessoas... e se isso não ocorrer, a Justiça estará aí para corrigir as distorções.

Que cada um faça sua parte.

Antonia Fontenelle"






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