Oito presos ainda estão foragidos; no último confronto, uma menina de 12 anos foi morta
Seis fugitivos da PCE entre os mortos; assaltos pagariam fuga
Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), seis homens que morrerem em confrontos com a Polícia Militar, nas operações Marcelândia e Comodoro, são fugitivos da Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.
No dia 20 de agosto passado, um grupo explodiu o muro da unidade prisional e libertou 35 presos de alta periculosidade.
Conforme contagem da direção da penitenciária, 35 presos fugiram, 21 foram recapturados e seis estão mortos, restando ainda oito foragidos.
As mortes dos seis fugitivos ocorreram após os assaltos a agências bancárias de Marcelândia (710 km ao Norte de Cuiabá) e Comodoro (644 km a Oeste da Capital).
Segundo o secretário-adjunto de segurança, Alexandre Bustamante, investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) revelam que o dinheiro arrecadado com os assaltos seria para pagar os custos com a fuga.
“Quando estão presos, eles [bandidos] contratam a fuga de dentro da penitenciária e, depois, têm que pagar por ela. E isso não é barato. De dentro da cadeia, eles não conseguem dinheiro. Fogem e voltam a fazer assaltos. Assaltante de banco não quer ser preso, ele não quer voltar e não aceita voltar para trás das grades. Aí, ocorre o enfrentamento com a Polícia”, disse Bustamante, em entrevista ao MidiaNews.
O último confronto ocorreu na madrugada de quinta-feira (7), com a morte de cinco pessoas - três homens e duas mulheres, sendo uma menina de 12 anos. Leia mais AQUI.
Um dos mortos é o ex-presidiário Josimar Ribeiro da Silva, o “Parazinho”. Ele é suspeito de ter participado do assalto as agências do Banco do Brasil e Bradesco, na cidade de Comodoro, em outubro passado.
Josimar estava preso na PCE e fugiu no dia 20 de agosto, quando o muro da unidade explodiu. Ele tinha condenações nos crimes de roubo, porte ilegal de arma ou munição de uso permitido e porte ilegal de arma de fogo e munição de uso proibido ou restrito.
Outro fugitivo que também morreu em confronto com a PM foi Adriano Vieira da Silva Menezes, o “Zóio”.
Ele também é suspeito de participar do assalto em Comodoro e estava preso na PCE pelo crime de homicídio.
Já Diego Alessandro Garcia Costa estava preso pelos crimes de homicídio, roubo e furto.
Segundo a Sesp, ele também fazia parte da quadrilha que assaltou os bancos em Comodoro e foi morto em confronto.
Nos confrontos em Marcelândia, morreram Matuzalém Martins da Silva, Clóvis da Silva Veiga e Cícero Fernando Santiago Neto. Todos cumpriam penas pelos crimes de roubo e formação de quadrilha.
A fuga
Conforme a direção da Penitenciária, 35 presos fugiram na madrugada de uma segunda-feira (20 de agosto), por volta das 2h30.
Na ocasião, 13 fugitivos foram recapturados em seguida, restando como foragidos 22.
Moradores vizinhos da PCE relataram que o barulho produzido pela explosão foi muito alto e formou uma grande massa de poeira, que cobriu ruas e casas.
Portas, janelas e telhados foram destruídos devido à expansão dos gases liberados.
A dona de casa Sônia Simoni Miranda, por exemplo, disse ao MidiaNews que acordou com o barulho da explosão. Logo em seguida, foram ouvidos muitos tiros e gritos.
“Acordamos com o barulho da explosão. Logo depois, escutamos tiros e muita gritaria. Foi horrível. Não podíamos sair, tivemos que ficar dentro da sala e aguardar a situação se acalmar”, disse a moradora ao site.
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