O adolescente de 16 anos suspeito de esquartejar o enteado de 12 anos na cidade de Campo Novo do Parecis, a 360 quilômetros de Cuiabá, será transferido para o Centro Socioeducativo de Cáceres, a 204 quilômetros de Cuiabá. Desde o último domingo (16), data do crime, o suspeito está detido em uma cela da delegacia da cidade.
Pela determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ele poderá ficar detido provisoriamente no local até esta quinta-feira (20), quando termina o prazo de cinco dias de detenção.
Nesta quarta-feira (19), o suspeito foi intimado a participar de uma audiência no Fórum de Justiça da cidade. Em depoimento à juíza Lidiane de Almeida Anastácio Pampado, o menor confessou o crime e disse que matou o enteado para liquidar uma dívida com uma traficante da cidade, que também está presa.
As investigações da polícia apontam que tanto o suspeito como a vítima deviam dinheiro para uma mulher de 48 anos apontada como traficante de drogas. Ambos, segundo informou a polícia, vendiam drogas para a suspeita e no decorrer dos últimos meses acumularam dívidas.
A vítima, dias antes de morrer, chegou a dizer que iria denunciar a traficante à polícia. Após a realização da audiência, a juíza determinou a transferência do suspeito para a unidade de internação de Cáceres. Ele também foi submetido a um teste de sanidade mental que será juntado ao processo.
Entenda o caso
Na madrugada de domingo, a mãe da vítima encontrou o corpo do filho no banheiro da casa da família com as duas pernas arrancadas e ferido a golpes de faca em várias partes do corpo. Duas facas utilizadas no crime foram encontradas próximas ao corpo do adolescente.
Em depoimento à polícia, ela disse que deixou o filho e o enteado sozinhos e saiu para uma lanchonete. Segundo o investigador da Polícia Civil, Rômulo Oliveira, o suspeito fugiu do local quando percebeu a chegada da mulher, de 30 anos, com quem mantinha um relacionamento amoroso por alguns meses.
O suspeito foi encontrado horas depois no mesmo bairro onde cometeu o crime, ainda com vestígios de sangue nas roupas. “A princípio ele negou o crime, mas depois acabou confessando que matou o enteado”, afirmou o investigador.
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