3 trocam AL pelo Executivo; PT quer vaga para Lúdio
Até mesmo o petista Lúdio Cabral, derrotado na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, pode “pegar carona” nas mudanças para ocupar uma cadeira no Parlamento.
O deputado João Malheiros (PR), eleito vice-prefeito de Cuiabá na chapa liderada pelo empresário Mauro Mendes (PSB), também deveria renunciar ao mandato para assumir a função no Executivo. O republicano, no entanto, renunciou ao cargo para o qual foi eleito em outubro e permanecerá a Assembleia porque o salário no Executivo é muito inferior ao que recebe. Com a renuncia, frustrou a expectativa do suplente Adalto de Freitas (PMDB), o Daltinho, de ser efetivado no Parlamento, após sofrer derrota na disputa pela Prefeitura de Barra do Garças. Em sua base, o peemedebista amargou a terceira colocação.
Eleito prefeito de Rondonópolis com 57,5% dos votos, Percival pretende renunciar poucos dias antes de tomar posse. Pedro Satélite (PSD, ex-PPS) será efetivado na vaga que ocupou durante 3 meses, quando o titular se licenciou para fazer campanha.
A eleição do peemedebista Nilson Santos, que assumirá a Prefeitura de Colíder com quase 67% da preferência do eleitorado, garante a efetivação do suplente Emanuel Pinheiro (PR). O republicano, que já vinha exercendo a função de deputado estadual desde o inicio da atual legislatura, graças a esquema de rodízios, agora passa a ser “dono” do mandato.
Outro suplente beneficiado pelas eleições municipais deste ano foi Alexandre César (PT). O petista, que também já atuava no Parlamento será efetivado na cadeira de Walace Guimarães, que conquistou a Prefeitura de Várzea Grande com 35,14% dos votos.
Engenharia Política
Uma obra de engenharia política está em curso para garantir uma vaga na Assembleia para Lúdio, que foi derrotado por Mauro Mendes na disputa pela Prefeitura de Cuiabá. A articulação feita pelo PT, com a benção do governador Silval Barbosa, é uma espécie de reconhecimento ao petista, que começou com apenas um digito nas pesquisas e conseguiu levar a disputa eleitoral para o 2º turno revitalizando o PT e demarcando espaço para os aliados peemedebistas na Capital.
Com as mudanças provocadas pelas posses dos novos prefeitos, Lúdio fica na condição de 3º suplente. Sem mandato a partir de 1ª de janeiro, já que não disputou a reeleição à Câmara de Cuiabá, ele precisa que o vereador eleito por Rondonópolis Manoel da Silva (PMDB) e o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Rural Neldo Egon (PMDB), que ocupam a 1ª e 2ª suplência, respectivamente, abram mãos de assumir a cadeira no Legislativo.
A vaga, que seria ocupada por Lúdio, depende da reforma do secretariado em curso e das nomeações que serão feitas nos municípios a partir de 1º de janeiro. O argumento utilizado pelos petistas são os compromissos firmados entre agremiações em período eleitoral para concretização de rodízio.
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