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Política
Quinta - 27 de Dezembro de 2012 às 23:30

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O PR passa a mão na cabeça do deputado João Malheiros que renunciou ao cargo de vice-prefeito de Cuiabá, na última sexta (21), sem dar uma explicação plausível ao eleitor cuiabano. O partido não vai tomar qualquer atitude para repreender o deputado, tendo em vista que a agremiação nem mesmo o censura ou o considera infiel por desistir do posto. “O partido só tem a lamentar, mas foi uma decisão de foro íntimo dele e não havia nada o que a sigla pudesse fazer”, afirmou o presidente do diretório municipal do PR, Helny de Paula, em entrevista ao RDTV.

Ao contrário do partido, os eleitores cuiabanos se mostram revoltados com Malheiros principalmente pelo fato dele ter recuado logo agora, após ter desconstruído a candidatura majoritária do colega de grupo, vereador Francisco Vuolo (hoje sem partido) e depois de tê-lo enfrentado em uma disputa interna pelo posto de vice.

Além do desgaste junto ao eleitorado, a renúncia de Malheiros pode arruinar também a relação do PR com o prefeito eleito Mauro Mendes. Isso porque pouco antes da diplomação dos eleitos no último dia 19, Mauro demonstrou descontentamento com a possibilidade de o vice renunciar. Naquele dia, o socialista afirmou que Malheiros e o PR teriam que se explicar para a sociedade caso fosse concretizado aquilo que ainda era apenas especulações.

Helny garante que essa tarefa não cabe ao PR, porque Malheiros não teria consultado o diretório municipal antes de tomar a decisão. “Quem tem que se explicar é o Malheiros, ele não precisou da permissão da executiva municipal para renunciar, apenas para lançar a candidatura”, afirma Helny, se isentando da responsabilidade.

O presidente também defende que o espaço no Governo de Mauro seja o mesmo. O PR reivindica o comando de duas secretarias e já até apresentou ao prefeito eleito as indicações para compor o 1º escalão. Os nomes ainda são mantidos em segredo. “O partido ajudou a ganhar a eleição, então temos que ter espaço na administração. Por sinal, neste quesito Malheiros também foi bastante competente, soube representar Mauro nos lugares onde ele não pôde ir e conseguiu agregar votos”, argumenta. Ele também sustenta que o PR está preparado para ajudar o socialista a reconstruir Cuiabá. “O partido continua dando apoio a Mauro. Temos sete deputados estaduais, um federal e um senador”.

Mesmo depois de Malheiros ter descumprido o compromisso firmado de ser vice, Helny não reconhece que os republicanos erraram quando o apoiaram e preteriram Vuolo. O presidente da agremiação também garante que não há arrependimentos e que o deputado continua tendo a confiança da sigla. “Não considero que foi uma decisão errada. Conquistou o maior número de apoio dos correligionários, quem teve o maior poder de convencimento”, afirmou.

   Relembre o caso

No período pré-convenções partidárias, Vuolo desistiu da candidatura a prefeito reclamando que não estava tendo apoio do partido e que estava sendo apunhalado por Malheiros. Helny garante que em nenhum momento das articulações eleitorais Vuolo foi vítima. Ele reconhece que quem levantou a hipótese de o partido não ter candidatura própria foi Malheiros e que desde o início o deputado se colocou à disposição para ser vice, mas assegura que ele só convenceu os colegas porque a candidatura de Vuolo não havia ganhado musculatura nas pesquisas de intenção de votos.

O dirigente partidário afirma ainda que desde o início das conversações sobre uma composição com Mauro, Vuolo foi convidado a ser vice, mas ele não admitia abrir mão de uma candidatura majoritária. “Vuolo só aceitou se colocar como vice quando já não havia mais tempo hábil, então tivemos que fazer a eleição interna”.
 





Fonte: RD News

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