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Nacional
Sexta - 04 de Janeiro de 2013 às 16:27

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Familiares espalharam cartazes em busca das duas meninas (Foto: Marcelo Oliveira/Diário Gaúcho)

Familiares espalharam cartazes em busca das duas meninas (Foto: Marcelo Oliveira/Diário Gaúcho)

Depois do drama, o retorno para casa. A previsão é de que as duas adolescentes, de 14 e 15 anos, que estavam desaparecidas desde o dia 18 de dezembro e foram encontradas em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, retornem a Porto Alegre ainda nesta sexta-feira (4). O pai de uma das meninas, Márcio Adriano Vasques Vianna, foi até o município paranaense para aguardar a liberação da filha pelo Conselho Tutelar local, o que deve ocorrer na tarde desta sexta. “Estou aliviado. A sensação é melhor do que se eu tivesse ganhado seis vezes o prêmio da Mega-Sena”, diz emocionado.

Durante o trajeto, promete muita conversa para tentar acalmar a filha. “Ela chorou muito, está arrependida de tudo isso e com medo. Mas agora aprendeu a lição”, afirma.

As meninas foram localizadas pela Guarda Municipal de São José dos Pinhais na manhã de quinta-feira (3) em um posto de combustíveis às margens da BR-376. Segundo Márcio, ele mesmo avisou os agentes da localização da filha, que tem 15 anos. “Eu soube onde ela estava por meio de um amigo da escola. Ele trocou mensagens com ela pelo computador e me avisou. Então liguei para a polícia da cidade e eles começaram a procurar", conta ele, que está no Paraná acompanhado da esposa.

A sensação é melhor do que se eu tivesse ganhado seis vezes o prêmio da Mega-Sena"
Pai de uma das jovens

Aos guardas, as adolescentes disseram ter saído de casa para encontrar um garoto que conheceram pela internet e que mora em Umuarama, no Noroeste do Paraná, e teriam chegado até o estado pegando carona na estrada. Antes, passaram o Natal e o Ano Novo em Florianópolis, Santa Catarina. Segundo elas, ficaram hospedadas em pensões e na casa de amigos.

“Eu já tinha contatado os colegas de aula, os amigos que conheço, colado cartazes pelas ruas e falado com o Conselho Tutelar de Porto Alegre, mas nada havia funcionado”, relata Márcio. Em contato com o G1, o Conselho Tutelar da 3ª Microrregião de Porto Alegre, que atende o bairro Morro Santana, informa que realizou todos os procedimentos necessários para que o caso fosse encaminhado rapidamente pelos colegas do Paraná. “Buscar a menor é de responsabilidade dos pais. As meninas permaneceram em um abrigo até que eles pudessem ir resgatá-las. O conselho só entra na história quando não há responsáveis capazes para tanto. Fora isso, demos toda a assistência e fizemos todos os contatos”, informa a conselheira Maria Encarnacion Morales Ortega.

Márcio Adriano afirma que a filha, estudante da 7ª série de uma escola no bairro Morro Santana, nunca se envolveu em problemas do tipo. Diz também que costuma ser rigoroso com o uso do computador em casa. “Estamos sempre de olho, mas infelizmente não sabíamos desse tipo de mensagem que ela trocava”.

Segundo ele, os pais da outra menina encontrada também estão em São José dos Pinhais e todos devem retornar a Porto Alegre na noite desta sexta-feira.  “Eles vão de carro, mas nós voltamos para casa de ônibus. Será uma viagem longa, devemos chegar apenas na manhã de sábado (5)”, conta.

Suspeitas
As duas adolescentes não quiseram dizer aos guardas municipais, nem ao Conselho Tutelar da cidade quem seria o jovem que encontrariam em Umuarama. Após insistência, as duas declararam apenas que ele teria 17 anos, mas não passaram nem o endereço física, nem o das páginas de redes sociais que ele utiliza.

Os guardas temem que elas possam ser vítimas de alguma quadrilha especializada em tráfico de menores. Os poucos dados repassados por elas serão entregues à Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que vai investigar o caso.





Fonte: Do G1 RS

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