Pivetta não consegue montar chapa e deve perder AMM para Chiquinho
O prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), que tem o senador Pedro Taques como um dos aliados, caminha para uma derrota fragorosa à presidência da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM). Mesmo considerado um candidato “fraco” e com carimbo do presidente da Assembleia, deputado José Riva, Valdecir Luiz Colle (PSD), o Chiquinho do Posto, de Juscimeira, conseguiu atrair apoio dos grupos políticos que se opõem ao posicionamento radical da dupla Pivetta-Taques.
Este Blog apurou que Chiquinho deve ganhar por falta de outras opções. Com isso, a tendência é de Riva continuar ditando as regras na entidade. Aliás, o deputado do PSD já ganhou do grupo de Taques o primeiro round com a eleição do genro João Emanuel, do mesmo PSD, para o comando da Câmara da Capital.
Para se ter ideia dos obstáculos que cercam Pivetta, ele está tendo dificuldades para montar a chapa, composta de 15 prefeitos. De quebra, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde se encontra inadimplente hoje. Na prática, significa que o próprio Pivetta não poderia vota e nem ser votado, mas ainda tem prazo para regularizar a situação. A chapa de candidatos pode ser registrada até dia 11 para a eleição marcada para 30 de janeiro. O mandato é de 2 anos. A AMM detém hoje um orçamento anual de aproximadamente R$ 12 milhões.
Há sentimento entre a maioria dos prefeitos e dos funcionários da AMM de rejeição à maneira como a entidade tem sido utilizada. Meraldo de Sá, que há 15 dias renunciou ao mandato de presidente para assumir a secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do governo estadual, saiu com a imagem desgastada porque permitiu que a AMM se tornasse extensão de poder de Riva, a quem ele costuma chamar de “patrão”. Curiosamente, o candidato Chiquinho vem com a marca de Riva e, mesmo assim, está conseguindo agregar apoio dos grupos políticos. Já tem aval declarado dos próprios prefeitos do PSD, do PMDB do governador Silval Barbosa e do PSB do deputado Valtenir Pereira.
Os prefeitos defendem uma AMM independente e desvinculada de Riva e, por outro lado, rejeitam o nome de Pivetta porque entendem que se o pedetista ganhar a presidência promoverá divisão de grupos políticos, com inserção de Taques, e compraria briga com o governo Silval Barbosa. Entre os chefes do Executivo o desejo é de que a corrida sucessória tivesse candidatos com outros perfis, mas, com a entrada de Pivetta, os pretendentes recuaram. Sobraram Pivetta e Chiquinho.
* Prefeito do PDT está com município hoje inadimplente, o que o impede de votar e ser votado
* Maioria dos prefeitos e funcionários da AMM não querem continuar sendo extensão de Riva
* Eleição de Pivetta, vinculado a Taques, racharia grupos, reforçando a oposição ao
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