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Economia
Terça - 08 de Janeiro de 2013 às 00:31

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O nível médio dos reservatórios localizados no Sudeste e no Centro-Oeste, que respondem por 70% da capacidade de produção de energia hidrelétrica no país, já é semelhante ao verificado no período anterior ao racionamento de energia, decretado pelo governo federal em 2001.

De acordo com relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONSx), no dia 6 de janeiro (dado mais recente) os reservatórios do sistema Sudeste/Centro-Oeste estavam com 28,54% de sua capacidade, o nível mais baixo nos últimos dez anos para o período. O índice é praticamente igual ao registrado em dezembro de 2000: 28,52%.

Para efeito de comparação, em janeiro de 2012 as represas localizadas nas duas regiões tinham 76,23% da capacidade de armazenamento. Nos reservatórios do Nordeste, segundo maior parque gerador de hidroeletricidade no país, a capacidade das represas no dia 6 de janeiro era de 41,21%, bem abaixo dos 59,33% registrados em dezembro de 2000.

Termelétricas
Os reservatórios normalmente ficam mais baixos durante a época de estiagem mas, no verão, com o aumento das chuvas, eles voltam a subir. Neste ano, porém, as chuvas estão abaixo do normal e, consequentemente, o nível das represas não aumentou conforme o esperado.

Quando isso acontece, o governo aumenta a produção de energia por meio das termelétricas. A capacidade de geração térmica hoje é mais que o dobro da que o Brasil tinha em 2001, na época do racionamento, o que dá mais segurança para o sistema.

Entretanto, desde outubro as usinas termelétricas operam no limite, gerando cerca de 14 mil megawatts. Ou seja, caso continue a faltar chuva, não há mais recursos para evitar uma queda ainda maior dos reservatórios a não ser economizar energia.

Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), há possibilidade de a chuva ficar abaixo da média nas regiões Nordeste, Norte, Sudeste e Centro-Oeste do país neste primeiro trimestres de 2013.

“A situação é muito delicada e pode fica mais complicada se não voltar a chover na cabeceira dos reservatórios”, disse o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite.

O uso da energia térmica ajuda a poupar água das hidrelétricas para que seus reservatórios voltem ao normal, mas também encarece a conta de luz. O problema é que a energia gerada pelas térmicas – movidas a óleo, gás e carvão, por exemplo -, e mais cara, o que acaba levado a aumento na conta de energia para os consumidores. Para cada mês de operação das térmicas, deve ser repassado à tarifa de energia cerca de R$ 700 milhões a mais.

O G1 questionou o Ministério de Minas e Energia (MME) e o ONS sobre o baixo nível dos reservatórios e o risco de racionamento de energia, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Governo discute
A condição das represas vai ser discutida durante a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, marcada para esta quarta (9). Há expectativa de que sejam anunciadas medidas para garantir a segurança no fornecimento de energia no país.

Representantes do governo dizem oficialmente que a situação não é preocupante e que não há risco de um novo racionamento. Em entrevista no dia 27 de dezembro, a presidente Dilma Rousseff afirmou ser “ridículo” dizer que o Brasil corra risco de falta de energia.





Fonte: Do G1

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