“[A operação das térmicas] não vai impactar nada. Os 20% [de redução na conta de luz] é estrutural”, disse Zimmermann ao chegar à sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília.
Em entrevista ontem ao Jornal Nacional, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a geração de energia térmica no país – necessária por conta do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas -, vai custar cerca de R$ 400 milhões por mês aos brasileiros e levar a um aumento na conta de luz inferior a 1%.
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que o nível das represas das usinas localizadas no Sudeste e no Centro-Oeste já é praticamente igual à verificada em dezembro de 2000, pouco antes de o governo federal decretar o racionamento de energia, em 2001.
Assim como Lobão, Zimmermann também negou risco de um novo racionamento de energia no país. Segundo ele, hoje há um “equilíbrio estrutural” no sistema elétrico brasileiro.
“Não tem isso [de racionamento] porque nós temos um equilíbrio estrutural. É bem diferente do que nós tivemos em 2001. Lá tinha problema de falta de usina efetivamente, e falta de linha [de transmissão]. Hoje não tem. Hoje temos um problema conjuntural”, disse Zimmermann.
Reunião
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), formado pela cúpula do governo federal na área de energia, se reúne nesta quarta-feira (9), em Brasília, para discutir o nível dos reservatórios de usinas hidrelétricas do país.
Representantes do governo admitem que a situação exige atenção, mas negam, por enquanto, qualquer risco de racionamento. Em entrevista no dia 27 de dezembro, a presidente Dilma Rousseff afirmou ser “ridículo” dizer que o Brasil corra risco de falta de energia. Além do baixo nível dos reservatórios, o país enfrentou uma série de blecautes nos últimos meses de 2012 – foram seis a partir de setembro.
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