Golpe do falso depósito era comandado por presidiários de VG

Um pessoa foi presa e mais três indiciadas pelo golpe do falso depósito em Barra do Garças, 509 km de Cuiabá, que causou um prejuízo em torno de R$ 23 mil no comércio local. As ordens, segundo a quadrilha, partiam de dentro de uma cadeia em Várzea Grande. 

Os golpistas ligavam através de celulares e negociavam com comerciantes de Barra do Garças para comprar alimentos, baterias de carro e até capacetes e informavam que iriam pagar por depósito bancário e pediam que as mercadorias fossem entregues em determinados endereços na cidade. Os comparsas de Barra recebiam e desviavam as mercadorias.

Um dos mentores do golpe, Márcio Leandro Alves Peixoto, conhecido como Precheca, foi preso porque já tinha mandado de prisão em aberto por crimes em Goiânia-GO. No estado vizinho, ele responde por três assaltos inclusive numa lotérica e por tráfico. Márcio tinha pouco mais de 40 dias que tinha saído do presídio de Água Boa, onde cumpriu pena por tráfico em Mato Grosso.

Foram indiciados ainda Emily Souza da Silva, Eder Rodrigues da Silva e Ariane Rabelo Franco, que segundo a polícia, teriam recebido as mercadorias. O delegado Heródoto Fontenelle acredita que o valor do golpe pode ter sido maior, porém algumas vítimas envergonhadas pela simplicidade do golpe preferem não procurar a polícia. .

O delegado de Barra alertou sobre a necessidade de alguns bancos mudarem o sistema sobre o depósito. “Em alguns bancos a pessoa coloca o envelope e o valor já aparece como bloqueado na conta e pode incorrer no risco de estar vazio o envelope”, completou. Segundo o delegado, seria interessante a CDL chamar os gerentes de bancos para discutir essa situação.