"Pela primeira vez consegui sorrir, sentir um pouco de paz. Foi uma notícia bem-vinda". As considerações, em tom de alívio, foram feitas na tarde desta quarta-feira (9) pela namorada de Mário Sampaio, após prisão do comerciante José Adão Pereira de Passos, em Guarujá, litoral de São Paulo. O dono do restaurante confessou ter esfaqueado o jovem após discussão por uma diferença de R$ 7 na conta, em 31 de dezembro.
"Ele faleceu nos meus braços. O Marinho era tudo na minha vida, estava sempre presente. Lembro desde a hora em que acordo, até dormir", contou a estudante de matemática que mora em Campinas (SP).
Planos
Ao contar que o casal estava junto há um ano e seis meses, Patrícia disse os dois costumavam imaginar como seria o relacionamento no futuro. "Eu brincava que gostaria de casar daqui no mínimo dez anos, já ele falava em seis, senão ficaria muito velho. Também pensava que a lua de mel seria na Ilha de Malta, pois lá haveria petit gateau, que era a sobremesa favorita dele", lembrou a namorada da vítima.
Outra lembrança que fez questão de mencionar, ao G1, são os nomes do casal de filhos que o estudante imaginava. "Pietro e Carla...era o sonho dele", ressaltou Patrícia. Ela informou que uma nova passeata, em homenagem ao namorado, será feita na manhã de domingo (13), no Guarujá. No domingo (6), pelo menos 800 pessoas participaram de uma caminhada no entorno da Praça Arautos da Paz, no Taquaral, para pedir paz e justiça.
Família
Os pais da vítima souberam da prisão temporária do comerciante enquanto trabalhavam em uma escola. A pedagoga e irmã do universitário, Valéria Cristina Santos Sampaio, afirmou que a expectativa é sobre a prisão do filho de Passos, que teria começado a briga.
"A gente ficou muito contente, mas também queremos o filho dele [comerciante] lá também [preso]. Foi como se tirasse um pouquinho da tristeza". Sobre essa questão, o delegado do caso, Luiz Carlos Lira, disse que ainda não há indícios da participação dele no crime.
O dono do restaurante deve ser levado à cadeia anexa ao 1º DP de Vicente de Carvalho. A prisão tem prazo de 30 dias, mas pode ser prorrogada até a conclusão das investigações.
Família do universtiário Mário durante passeata no Taquaral (Foto: Fernando Pacífico/ G1 Campinas)
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