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Polícia
Segunda - 16 de Dezembro de 2013 às 13:09

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A sede da empresa Guaxe Construtora e Terraplanagem, instalada na cidade de Tangará da Serra, teve um computador, um servidor, além de vários documentos apreendidos durante a terceira fase da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal na manhã de hoje (16). 
 
A empresa adquiriu em meados de 2012 a empresa Encomind Engenharia Com. e Indústria Ltda, que teria supostamente se beneficiado de decisões judiciais na esfera federal na tentativa de saldar dívidas tributárias. A Polícia Federal estaria investigando os trâmites que resultaram na aquisição da empresa. 
 
Um dos sócios da Guaxe, Márcio Aguiar informou ao Olhar Direto que a compra foi conduzida seguindo todos os trâmites legais e foi declarada formalmente à receita federal. Questionado sobre os valores pagos e que podem ser alvos da ação, o empresário declarou que a aquisição foi realizada pela Guaxe e também pela Camai Agroindustrial, mas não revelou o montante. 
 
“Buscaram alguns papéis na sede da empresa, mas não houve nada além disso. Na verdade, nós compramos o CNPJ com um passivo tributário de cerca de R$ 13 milhões e mais algumas máquinas e equipamentos. Tudo isso dentro de um processo de transparência e realizado perante à Junta Comercial e declaro na Receita Federal”, ratificou. 
 
O empresário relatou ainda que as duas empresas adquirentes da Encomind são constituídas por sete sócios, mas preferiu não divulgar a denominação dos mesmos. Ele ainda lamentou a ação. “Estamos aqui há 20 anos e de repente todo o trabalho vai é destruído considerando a malícia de alguém. Todas as informações que nos foram solicitada nós fornecemos”. 
 
Márcio Aguiar informou ainda que acompanhou o cumprimento do mandado de busca e apreensão que durou cerca de uma hora na empresa fundada em 1998. 
 
Outras buscas 
 
Durante a terceira fase da Ararath deflagrada hoje, sete mandados foram cumpridos, em cinco residências e duas empresas em Cuiabá, Várzea Grande e Tangará da Serra. A outra empresa alvo de busca e apreensão foi a Planservi Sondotécnica VLT Cuiabá, instalada no primeiro andar do edifício Top Tower, instalado na avenida Historiador Rubens de Mendonça. 
 
Seis policiais saíram do local levando dois malotes repletas de documentos, durante o cumprimento de mandados expedidos durante a terceira fase da operação Ararath, que investiga crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro.
 
A Planservi assinou contrato em 14 de janeiro com a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) destinado à execução de consultoria especializada para o gerenciamento e supervisão dos projetos básicos e executivos e da realização de todas as obras e instalações, obtenção das licenças ambientais, fornecimento e montagem de sistemas e material rodante para a Implantação dos corredores estruturais de transporte coletivo na região metropolitana do vale do Rio Cuiabá no modal Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O contrato possui vigência de 27 meses no valor de R$ 46.988,051, 52 milhões.
 
Maurício Guimarães, secretário da Secopa, informou que ao ter ciência sobre a ação da PF solicitou que a Assessoria Jurídica da Secretaria buscasse informações sobre a ação. Declarou ainda desconhecer os motivos do cumprimento dos mandados de busca e apreensão. 
 
Hoje, os mandados estão sendo cumpridos em cinco residências e duas empresas. Até o momento, nenhum mandado de prisão foi expedido.





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