Ainda assim, mesmo estando foragido, a Justiça concedeu a ele o direito de liberdade condicional, em 24 de novembro de 2011. Segundo dados revelados pelo Fantástico neste domingo (13), registros da polícia mostram que Alex passou recentemente por uma delegacia do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, 41 dias antes do assassinato da secretária. Ele foi preso duas vezes pela PM.
A primeira prisão foi no dia 28 de novembro do ano passado, durante uma abordagem de rotina. Na ficha criminal de Alex, ainda constava que ele era um foragido da justiça, mesmo ele tendo obtido a liberdade condicional. E por isso ele foi levado à delegacia do campo limpo, na Zona Sul de São Paulo. O policial que deteve Alex é o soldado João dos Santos Filho. Por coincidência, o mesmo PM que participou da ação que prendeu o suspeito, de novo, na sexta-feira passada (11).
Outro boletim de ocorrência mostra que Alex foi detido mais uma vez, 29 dias antes da morte de Daniela, por dirigir uma moto irregular, sem capacete e sem habilitação. O documento policial revela que ele foi levado ao plantão policial, no dia 11 de dezembro 2012. Os endereços onde foram feitas as duas prisões, de acordo com os boletins, ficam num raio de 1,5 km de distância do local onde Daniela foi morta, no dia oito de janeiro deste ano.
Em nota, a Secretaria de Segurança Publica de São Paulo confirma as duas prisões de Alex, e afirma que o acusado foi liberado nas duas vezes por ordem da justiça. A nota diz ainda que os policiais consultaram a 12° vara criminal e foram informados de que não havia mandados de prisão em vigor contra o suspeito. Sobre Alex ter sido preso por pilotar uma moto em situação irregular, sem capacete e sem habilitação, segundo a secretaria, a infração não justificaria uma prisão em flagrante.
Alta médica
O bebê da secretária recebeu alta do Hospital do Campo Limpo no meio da tarde deste domingo (13), segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Daniela teve morte cerebral constatada na quinta-feira (10). A família decidiu doar os órgãos dela. Como a vítima era jovem e saudável, puderam ser retirados coração, rins, pulmões e córneas. Pelo menos seis pessoas foram beneficiadas. Gabriela nasceu na noite do crime, após uma cesariana de emergência feita pela equipe médica do Hospital Municipal do Campo Limpo, onde a gestante foi socorrida.
O corpo da jovem foi velado e enterrado nesta sexta (11), no Cemitério e Crematório Parque dos Ipês, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Cerca de cem amigos e familiares compareceram à cerimônia.
A polícia ainda procura outro homem que participou do assalto. Quem tiver informações sobre o paradeiro dele pode ligar para o Disque-Denúncia, no número 181. O anonimato é garantido.
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