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Nacional
Terça - 29 de Janeiro de 2013 às 21:20

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Mauro Hoffmann, um dos sócios da boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, apagou uma mensagem publicada em sua página pessoal no Facebook horas depois do incêndio que matou mais de 230 pessoas, em que dizia que "estava bem" após a tragédia.

"Pessoal, tô bem... Apesar da tragédia", escreveu no domingo, às 6h17 da manhã, em sua página na rede social, algumas horas depois do incêndio.

Até a noite de segunda-feira (28), a mensagem estava publicada, mas o texto foi apagado do Facebook nesta terça-feira (29). Fotos e outras publicações do empresário não foram deletadas.

Hoffmann se apresentou na tarde da segunda-feira na Delegacia Regional de Santa Maria e foi transferido, por volta das 17h30, para o Presídio de Santo Antão, a cerca de 7 km do centro da cidade. O advogado Mario Cipriani, que representa Hoffmann, disse que seu cliente afirmou em depoimento aos delegados que não estava na Kiss na hora da tragédia, mas foi à boate logo depois para prestar auxílio às vítimas.

Os bens dos sócios da boate Kiss foram bloqueados pela Justiça a pedido da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul.

Incêndio e prisões
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.

Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.

Quatro foram presos nesta segunda-feira após a tragédia: o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, o sócio, Mauro Hofffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso.

Em depoimento, Spohr afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação.

O advogado Mario Cipriani, que representa Mauro Hoffmann, afirmou que o cliente "não participava da administração da Kiss".

Na manhã desta segunda, outros dois integrantes da banda falaram sobre a tragédia. "Da minha parte, eu parei de tocar", disse o guitarrista Rodrigo Lemos Martins, de 32 anos.

Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia, classificando como "uma "fatalidade".

A presidente Dilma Rousseff visitou Santa Maria no domingo e decretou luto oficial de três dias.

O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.





Fonte: Do G1

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