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Ciência
Quarta - 30 de Janeiro de 2013 às 01:24

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Quase um quarto dos chineses étnicos possui uma variante genética que aumenta em seis vezes seu risco de adoecer gravemente quando infectados com o vírus da gripe, segundo estudo publicado esta terça-feira.

Cientistas da China e da Grã-Bretanha analisaram dados hospitalares chineses durante a pandemia de gripe provocada pelo vírus H1N1 entre 2009 e 2010.

Pacientes que tinham a pequena variante se mostraram seis vezes mais propensos a tratar formas severas da infecção em comparação com os pacientes com um tipo genético diferente, descobriram os pesquisadores.

A variante se baseia em uma única mudança no código de um gene chave do sistema imunológico.

O gene IFITM3 (proteína transmembrana induzida por interferon 3) determina como as células combatem o vírus influenza, causador da gripe.

A simples mudança no código é denominada rs12252 e ocorre em três variantes, também denominadas genótipos: CC, CT e TT.

Cerca de 24% dos chineses da etnia Han, majoritária no país, têm o genótipo CC, mas seus números foram desproporcionalmente elevados entre aqueles seriamente afetados pela gripe, analisaram os cientistas.

Entre aqueles tratados com sintomas sérios e cujo código genético foi decodificado, 59% tinham o genótipo CC.

"O genótipo CC foi apontado como o gatilho de um risco seis vezes maior para infecções severas do que os genótipos CT e TT", acrescentou o artigo, publicado na revista Nature Communications.

O risco de morrer de gripe também é "provavelmente" mais alto para o genótico CC embora a investigação não tenha especificamente se dirigido a esta questão, explicou Andrew McMichael, que trabalhou com Tao Dong, na Universidade de Oxford na parte britânica da pesquisa.

Segundo o cientista britânico, a vulnerabilidade do genótipo CC provavelmente se aplica a todas as cepas do vírus da gripe e não apenas ao H1N1.

O estudo aponta para a necessidade de um trabalho urgente para ver a utilidade de análise genética para os chineses ou outros asiáticos, que poderiam correr mais riscos de desenvolver a doença.





Fonte: AFP

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