Delegada responsável pelo caso confirma que investigação continua. Dono do perfil "Irmã Zuleide" foi detido enquanto discotecava em Santos.
Verdadeira "Irmã Zuleide" estaria em tratamento psiquiátrico, diz polícia
A delegada do 1º DP de Santos, Edna Pacheco Fernandez Garcia. é responsável pela detenção do DJ, que foi liberado depois de assinar um termo circunstanciado. De acordo com Edna, a professora de Campinas , que teve a foto divulgada no perfil, está sofrendo consequências desde a criação da página. “Ela não podia fazer mais nada na cidade onde mora, e ela é professora da educação infantil. Isso estava prejudicando ela no serviço”, explica a delegada.
Ainda segundo informações de Edna, o ‘Irmã Zuleide’ começou com uma conta no Twitter que descrevia, na visão do DJ, o dia a dia de um evangélico. A professora de Campinas leciona para crianças, e depois da divulgação sem permissão de sua fotografia ela estava sofrendo com problemas psiquiátricos e psicológicos. “Ela é evangélica, e o colégio onde ela trabalha também é evangélico”, diz a delegada.
A professora vai retonar para a cidade para prestar novos depoimentos, mas a delegada ainda não tem uma data definida para o retorno da vítima. “Na realidade, por conta desses tratamentos psiquiátricos dela, o advogado ficou de voltar entre essa semana e a semana que vem”, conta Edna.
O caso
A página "Irmã Zuleide" no Facebook, que utiliza um tom cômico para tratar assuntos do cotidiano, ganhou destaque há quase dois anos, e já acumula mais de 2 milhões de seguidores. A polícia começou a investigar o DJ porque a foto utilizada no perfil é, na verdade, de uma professora de Campinas – que afirma ter sofrido transtornos com a exposição e acionou a polícia para remover o conteúdo da internet.
Quando informada que o dono da página faria um show em uma casa noturna do Centro de Santos, a professora seguiu, com seu advogado, para a Baixada Santista e procurou o 1º Distrito Policial da Cidade. Segundo a polícia, Rodrigues não estava caracterizado como "Irmã Zuleide" quando identificado pelos policiais, mas foi encontrado e detido.
O DJ, que é natural do Rio Grande do Norte, admitiu ser o autor do personagem. Em depoimento, disse que a intenção da página era satirizar uma igreja evangélica, e que a foto da professora foi achada em uma pesquisa aleatória feita por um buscador.
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