Durante paralisação, profissionais vão fazer manifestação em praça. Eles pedem a derrubada do veto que veta uso de arma fora do local de trabalho.
Agentes prisionais de MT paralisam atividades por 24h nesta quarta
Agentes prisionais de Mato Grosso anunciaram que vão paralisar as atividades durante essa quarta-feira (30) em protesto contra a decisão da presidenta da República, Dilma Roussef, que vetou o porte de arma de fogo aos profissionais fora do local de trabalho. O presidente do sindicato da categoria, João Batista Souza, afirmou que a paralisação vai durar 24h e, nesse período, os trabalhadores vão fazer manifestação na Praça Ulisses Guimarães, na Avenida do CPA, em Cuiabá.
"Vamos distribuir uma carta aberta à população e fazer um abaixo-assinado para a derrubada do veto. Queremos o apoio da sociedade e vamos explicar o motivo pelo qual lutamos pela desburocratização desse porte", declarou o representante da classe. Ele disse que depois que forem colhidas as assinaturas o grupo vai até Brasília, no próximo dia 5, durante a primeira sessão plenária do Congresso Nacional, e pedir a derrrubada do veto.
João Batista explicou que é necessário aos agentes o uso de arma de fogo para contribuir na segurança. "Precisamos desse porte para que possamos fiscalizar o cumprimento da pena. É necessário que tenhamos segurança", defendeu. . Ao todo, o sistema prisional do estado possui mais de 2 mil servidores, que devem paralisar as atividades.
Durante a paralisação, 30% do efetivo será mantido para exercer os serviços essenciais, como o fornecimento de alimentação aos presos, o cumprimento das ordens judiciais e atendimento emergenciais de saúde.
O porte de arma aos agentes penitenciários fora do horário de serviço estava previsto no projeto de lei 87/2011, aprovado pelo Congresso. No entanto, a presidente considerou a medida contrária ao interesse público e decidiu pelo veto.
Greve
Em agosto do ano passado, os agentes prisionais do estado entraram em greve por termpo indeterminado. Na época, eles apresentaram uma série de reivindicações. A principal delas foi o aumento do efetivo e reajuste salarial. Além disso, o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindispen) alegou que os trabalhadores eram expostos a condições insalubres nos presídios e, por isso, deveriam ser remunerados com adicional de insalubridade. No entanto, o governo alegou que não tinha orçamento para atender aos pedidos da categoria.
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