Jayme fica "em cima do muro", mas deve apoiar candidatura de Taques

Diplomático, o senador Jayme Campos (DEM) preferiu ficar “em cima do muro” em relação à disputa pela presidência do Senado, pelo menos, até a próxima quinta (31), quando os democratas definirão qual nome receberá o apoio da sigla. Por enquanto, as candidaturas que podem receber a adesão da bancada do Democratas são do mato-grossense Pedro Taques (PDT) e de Renan Calheiros (PMDB-AL).
 
Jayme considera a possibilidade de votar nos dois possíveis candidatos, mas evita manifestar a posição pessoal. “O partido já tem uma bancada pequena, temos que trabalhar em conjunto. O que posso dizer é que Pedro Taques é um nome a ser estudado, enquanto Renan Calheiros é meu amigo”, afirmou.
 
O democrata fez questão de ressaltar que Calheiros não procurou o partido. Dessa forma, segundo Jayme, não há compromisso nenhum com sua candidatura. Quanto a Taques, o senador não poupou elogios. “É um bom nome, tem competência e moral ilibada”, considera.
 
Mesmo sem oficializar o voto em Taques, a tendência é que o Jayme realmente o apóie. Isso porque o democrata é o líder da minoria no Senado e o DEM é adversário ferrenho do PMDB de Calheiros, que integra a base da presidenta Dilma Rousseff (PT).
 
Além disso, Jayme destaca que nenhum nome foi oficializado na disputa e até sexta (1º), tudo pode mudar. Nos corredores, inclusive, o "murmurinho" é de Taques poderia recuar em virtude da candidatura de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). “Há um ruído de que o PMDB pode indicar outro nome, devido às denúncias que pesam sobre o senador Renan Calheiros e a resistência ao seu nome. O PMDB é um partido muito forte e está sofrendo dissidência de parlamentares que não votam em Renan de forma alguma”, pontuou.
 
A bancada do DEM no Senado se reúne na próxima quinta, às 16h, para definição de voto. A eleição no Senado ocorre no dia seguinte, sendo que a reunião preparatória está marcada para às 10h e será comandada pelo atual presidente José Sarney (PMDB-AP). Para ser dado início ao pleito é necessária a presença de pelo menos 41 senadores em plenário