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Polícia
Terça - 17 de Dezembro de 2013 às 08:28

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 A defesa do juiz federal Julier Sebastião da Silva, investigado pela Polícia Federal por meio da Operação Ararath, reiterou pedido de liminar, feito em mandado de segurança, para trancar ou suspender as buscas e apreensões realizadas em seu gabinete e residência.
 
 
O magistrado é investigado por, supostamente, ter favorecido a empresa Encomind Engenharia Comércio e Indústria Ltda. em decisão judicial.
 
 
A solicitação de julgamento da liminar foi feita no último dia 13, à desembargadora Selene Maria de Almeida, do Tribunal Região Federal da 1ª Região.
 
 
De acordo com o trâmite processual, o pedido já está concluso para decisão - e deve ser analisado nos próximos dias.
 
 
O mandado de segurança impetrado pela defesa do juiz é contra os atos do desembargador Luciano Tolentino Amaral, que autorizou a realização das buscas e apreensões.
 
 
No último dia 10, a desembargadora Selene Almeida solicitou ao desembargador Luciano Tolentino Amaral que prestasse informações que ele entendia cabíveis sobre o caso.
 
 
Operação Ararath
 
 
No dia 12 de novembro a Polícia Federal realizou a primeira etapa da operação. Na ocasião foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e no escritório do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, mais conhecido como Júnior Mendonça.
 
 
Ele é acusado pela PF de participar de um esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro em Mato Grosso, que teria movimentado mais de R$ 500 milhões.
 
 
Na segunda etapa da operação, realizada no dia 25, os mandados foram cumpridos na residência e gabinete do juiz federal Julier Sebastião da Silva, e na casa e escritório do então presidente do Detran de Mato Grosso, Gian Castrillon.
 
 
Outros alvos dos mandados foram o bacharel em direito Thiago Dorileo, apontado pela PF como suposto “lobista" no Judiciário, e a empresa Encomind, do ramo da construção.
 
 
3ª fase
 
 
A 3ª fase da operação ocorreu na manhã desta segunda-feira (16). A PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão em três cidades do Estado.
 
 
Dos sete mandados expedidos, cinco foram em Cuiabá, um em Várzea Grande e um em Tangará da Serra. Os alvos foram duas empresas e cinco pessoas físicas.
 
 
Entre os alvos dos mandados, estão a sede da Construtora Guaxe-Encomind, em Tangará da Serra, o escritório do Consórcio Planservi-Sondotécnica, em Cuiabá, e um grupo atacadista em Várzea Grande, que atuaria no ramo de factoring.
 
 
O Consórcio Planservi-Sondotécnica foi contratado para gerenciar as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande, ao custo total de R$ 46,9 milhões, com vigência de 27 meses, na modalidade Regime Diferenciado de Contratação (RDC).
 
 
Os policiais federais chegaram ao edifício comercial às 5h57, e como não havia nenhum funcionário no escritório, os agentes chamaram uma funcionária da limpeza como testemunha e entraram na sala com uma chave reserva, que ficava na portaria.
 
 
Após revistarem o escritório do consórcio, eles saíram às 9h50 levando pelo menos oito HDs (disco rígido de computador) e pastas de documentos.





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