O país possui leis severas sobre nomes - que devem estar de acordo com a gramática islandesa e regras de pronúncia. "Estou muito feliz", disse Blaer após saber da sentença. "Estou contente que tudo isso tenha acabado. Agora espero conseguir novos documentos de identificação. Finalmente terei o nome Blaer em meu passaporte."
A sentença da corte distrital de Reykjavik derruba uma decisão anterior que havia rejeitado o pedido da jovem. Até agora, Blaer vinha sendo identificada somente como "a garota" quando se comunicava com as autoridades do país.
Regras rígidas
Como a Alemanha e a Dinamarca, a Islândia tem limitações rígidas sobre nomes de bebês. Nomes como Carolina ou Christa, por exemplo, não são admitidos por conterem a letra "c", que não é parte do alfabeto islandês. Os nomes também não podem servir para os dois gêneros.
A mãe da adolescente, Bjork Eidsdottir, disse que não tinha idéia de que Blaer não estava na lista dos nomes aceitáveis para mulheres quando a batizou. Um painel de autoridades rejeitou o nome por considerá-lo demasiado masculino para uma garota. Há 1.853 nomes femininos no Comitê de Nomes da Islândia. O governo não deixou claro se apelaria da decisão.
Blaer Bjarkardottir, 15 anos, ao lado de sua mãe, Bjork Eidsdottir, em Reykjavik
Foto: AP
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