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Nacional
Sexta - 01 de Fevereiro de 2013 às 07:57

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O delegado regional Marcelo Arigony afirmou em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (31) que a espuma que revestia o teto da boate Kiss, onde 235 pessoas morreram no domingo, "foi a causa das mortes."

A polícia ainda aguarda o resultado da perícia que deverá comprovar essa afirmação. Segundo o delegado, essa espuma costuma ser utilizada em estúdios de gravação, mas geralmente combinada com algum outro material, que a torne menos inflamável.

"A espuma foi colocada com a finalidade de melhorar a acústica do local", explicou Arigony. De acordo com relatos de sobreviventes, o fogo teria começado na espuma da boate, após um integrante da banda Gurizada Fandangueira manipular um sinalizador. Faíscas atingiram o teto e iniciou as chamas. O guitarrista da banda afirmou que o extintor de incêndio não funcionou.

Ontem, o advogado de um dos sócios da boate, Jader Marques, havia dito que a espuma tinha sido instalada por seu cliente para evitar a propagação de ruídos.

Depois que a espuma foi instalada, a boate Kiss não passou por nenhuma vistoria dos órgãos públicos.

PRISÕES

A Polícia Civil deve pedir até essas sexta-feira a prorrogação da prisão temporária de dois integrantes da banda e dos dois donos da boate --todos estão presos desde o início da semana.

A Justiça do Rio Grande do Sul negou na manhã de hoje o pedido de liberdade a Elissandro Spohr, 28, o Kiko, um dos donos da boate Kiss. Ele está internado em Cruz Alta (RS) sob custódia policial.

Marques, advogado de Kiko, pediu a liberação de seu cliente ontem, mas o juiz plantonista Afif Jorge Simões Neto, na Comarca de Santa Maria, negou alegando que o decreto de prisão temporária "embasou-se em sólidos fundamentos" e que não caberia a ele rever a decisão de seu colega.






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