Espuma da boate foi "causa das mortes" no RS, afirma delegado
A polícia ainda aguarda o resultado da perícia que deverá comprovar essa afirmação. Segundo o delegado, essa espuma costuma ser utilizada em estúdios de gravação, mas geralmente combinada com algum outro material, que a torne menos inflamável.
"A espuma foi colocada com a finalidade de melhorar a acústica do local", explicou Arigony. De acordo com relatos de sobreviventes, o fogo teria começado na espuma da boate, após um integrante da banda Gurizada Fandangueira manipular um sinalizador. Faíscas atingiram o teto e iniciou as chamas. O guitarrista da banda afirmou que o extintor de incêndio não funcionou.
Ontem, o advogado de um dos sócios da boate, Jader Marques, havia dito que a espuma tinha sido instalada por seu cliente para evitar a propagação de ruídos.
Depois que a espuma foi instalada, a boate Kiss não passou por nenhuma vistoria dos órgãos públicos.
PRISÕES
A Polícia Civil deve pedir até essas sexta-feira a prorrogação da prisão temporária de dois integrantes da banda e dos dois donos da boate --todos estão presos desde o início da semana.
A Justiça do Rio Grande do Sul negou na manhã de hoje o pedido de liberdade a Elissandro Spohr, 28, o Kiko, um dos donos da boate Kiss. Ele está internado em Cruz Alta (RS) sob custódia policial.
Marques, advogado de Kiko, pediu a liberação de seu cliente ontem, mas o juiz plantonista Afif Jorge Simões Neto, na Comarca de Santa Maria, negou alegando que o decreto de prisão temporária "embasou-se em sólidos fundamentos" e que não caberia a ele rever a decisão de seu colega.
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