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Internacional
Sexta - 01 de Fevereiro de 2013 às 10:18

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Funcionários da ONU conseguiram chegar pela primeira vez na cidade de Azzas, em Aleppo, região do norte da Síria controlada pela oposição e próxima à fronteira com a Turquia, para distribuir ajuda humanitária.

"É a primeira vez que pessoal de um organismo da ONU cruza a linha (de fogo) e entra nessa área (Azzas) para entregar ajuda diretamente", confirmou o diretor da Acnur para o Oriente Médio e o Norte da África, Yacoub el Hillo.

Cinco funcionários do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) chegaram na região há dois dias e entregaram tendas de campanha e cobertores, com a colaboração de voluntários do Crescente Vermelho.

O representante do organismo disse que nessa zona residem, além da população local, cerca de 45 mil refugiados internos.

As Nações Unidas estimam que em 22 meses de conflito interno mais de dois milhões de pessoas foram forçadas pela violência a se deslocarem dentro da Síria.

Hillo disse que os funcionários da ONU constataram que parte da população deslocada estava vivendo em acampamentos improvisados. As tendas enviadas servirão para abrigar cerca de 15 mil pessoas, precisou.

O diretor afirmou que a ação foi possível foi graças ao apoio logístico do Crescente Vermelho, mas também ao consentimento do governo sírio e à ajuda da Coalizão Nacional Síria, que agrupa a maioria das forças opositoras do país.

"O acesso foi possível, mas as condições não são boas. Há enormes necessidades e cada vez mais os refugiados necessitam ajuda", comentou Hillo em entrevista coletiva em Genebra.

Acnur alertou que o êxodo de sírios vítimas da guerra civil continua e que mais de 728 mil pessoas fugiram para países vizinhos.

Hillo precisou que o Líbano é o país que recebe o maior número de refugiados (mais de 237 mil), seguido pela Jordânia (cerca de 227 mil).

Já a Turquia recebeu 163 mil refugiados, o Iraque, cerca de 80 mil, o Egito, aproximadamente 14.500, enquanto para alguns países do Norte da África se deslocaram 6.300 sírios, segundo as últimas estatísticas do organismo.





Fonte: EFE

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