Um tribunal de recursos de Milão, no norte da Itália, impôs também penas de seis anos de reclusão a dois funcionários norte-americanos pelo mesmo crime, que deu início às chamadas operações de "entrega extraordinária" organizadas pelos EUA.
O clérigo, um egípcio conhecido como Abu Omar, foi capturado em uma rua de Milão e levado por via aérea para ser interrogado no Egito, onde ele diz ter passado sete meses sendo torturado. Na época do sequestro, o clérigo residia regularmente na Itália.
Jeffrey Castelli, ex-chefe do escritório da CIA em Roma, e dois outros réus foram julgados à revelia e dificilmente cumprirão a pena, mas correm o risco de serem presos se viajarem à Europa.
Castelli estava entre 26 cidadãos dos EUA indiciados pelas autoridades italianas por suposto envolvimento no sequestro de 2003. O tribunal de recursos reverteu decisão de uma instância inferior que havia absolvido os três réus por causa da sua imunidade diplomática.
Em setembro de 2012, o mais importante tribunal italiano havia confirmado os veredictos contra 22 agentes da CIA e um piloto da Força Aérea dos EUA. Todos eles foram condenados a sete anos de prisão, exceto Robert Seldon Lady, ex-chefe do escritório da CIA em Milão, que pegou nove anos.
(Reportagem de Manuela D"Alessandro)
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