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Sábado - 02 de Fevereiro de 2013 às 08:59

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Dono da maior torcida do futebol mato-grossense e um dos mais tradicionais do Centro-Oeste, o Mixto não tem obtido sucesso na contratação de alguns jogadores, visando a disputa do Campeonato Mato-grossense deste ano. A diretoria sob comando de Hélio Machado acumula uma série de não. Desde início da atual temporada, um grupo de seis jogadores recusou a proposta de vestir a camisa alvinegra no Estadual. O que mais deixa o torcedor intrigado é o fato de muitos deles serem anunciados, mas logo em seguida desistem de desembarcar em Cuiabá.

A última recusa partiu do atacante Negreiros, anunciado na semana passada como reforço para o setor ofensivo do time. O jogador, com passagens por clubes como Flamengo, Santos e Coritiba, chegou a marcar datas para a sua apresentação, protelou e só ontem confirmou que não viria mais. A expectativa era grande em torno da chegada de Negreiros, que poderia vir para ser o homem referência no ataque. "Infelizmente, o Negreiros não vem mais por causa de problema particular. Era um jogador que iria nos ajudar muito, não só pela sua experiência, mas também pelo seu futebol. Está muito bem física e tecnicamente", lamenta o técnico Eduardo Henrique.

O mesmo ocorreu com o lateral esquerdo Xavier, ex-Santa Cruz. O ala negociou sua vinda, mas acabou acertando sua transferência para o Corinthians de Alagoas. Antes, o volante Cléber, que defendeu o clube ano passado, o meia Felipe Gaúcho e o atacante Nenezinho também fizeram o mesmo. Negociaram valores, mas na hora do acerto desistiram e foram parar em outros clubes do Estado. É o caso de Nenezinho, artilheiro do Estadual de 2011 com 12 gols. Ele foi contratado para defender o União de Rondonópolis.

A questão financeira do clube é apontado como principal fator da maioria das recusas. Levantamento feito pela atual diretoria, o Alvinegro da Vargas tem uma dívida de mais R$ 1 milhão em dívidas trabalhistas. Além do triste histórico de salários atrasados.

No cargo de presidente desde metade 2011, Hélio Machado ressalta que a política implantada por ele é "colocar os pés no chão". Isto é, não cometer nenhum loucura financeira. "Hoje o Mixto tem um teto salarial. Prefiro pagar um salário baixo que o clube consegue quitar do que prometer algo que está fora do nosso alcance. Por causa de altos salários que o clube tem dívida e não consegue pagar", disse Machado, não querendo revelar valor do teto salarial estipulado.

Ex-gerente de futebol do clube na temporada passada, Eduardo Henrique crê que a política implantada por Hélio Machado tende a dar certo no clube. Segundo ele, o jogador fica feliz recebendo salários em dias. "Com o salário em dia, o profissional trabalha com mais satisfação. O Mixto está certo não prometer altos salários para em seguida não conseguir quitá-los. Essa não é só a realidade do Mixto, mas da maioria dos clubes brasileiros. Todos estão contendo despesas", frisa o comandante.

Diante das últimas decepções, o técnico mixtense ressalta que ainda aguarda a chegada de pelo menos mais cinco jogadores. Eduardo destaca que o elenco precisa de mais opções, visando não só a disputa do Mato-grossense como também a Copa do Brasil, torneio nacional que o Mixto terá como adversário na primeira fase o Vitória, da Bahia. "Precisamos nos reforçar para ter um elenco à altura de fazer bonito na Copa do Brasil. Teremos um adversário tradicional no cenário nacional, que é o Vitória. Esses reforços têm que vir também para nos ajudar na batalha pelo título de campeão do Mato-grossense", enfatizou.

Por conta da política ‘pés no chão", o atual elenco mixtense tem cerca de 12 jogadores considerados pratas da casa. Isto é, atletas que residem em Cuiabá.

 





Fonte: A Gazeta

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