Buracos na BR-163 causam prejuízos
O problema tem se intensificado nos últimos 30 dias e, muitas pessoas que não viajavam desde dezembro, estão sendo surpreendidas pelos buracos - muitos deles pegam a pista de "fora a fora". O resultado é desagradável: pneus estourados ou furados, rodas amassadas, suspensão danificada.
Na última sexta-feira entre as 16h e 22h, entre o Gil e Sinop, foi constatado mais de 15 veículos danificados pelos inúmeros buracos. Entre Sorriso e Sinop, por exemplo, foram 4 carros que tiveram pneus estourados no mesmo local - próximo ao antigo posto fiscal celeste. O dono de VW Gol vermelho, por exemplo, teve ainda mais prejuízos. Em uma pancada teve pneu dianteiro e traseiro, do lado direito, furados. Teve que contar com apoio de outros motoristas para buscar ajuda e seguir viagem.
O vendedor, proprietário de um Pálio, que reside na região Sul e foi ao Nortão, a passeio, com a família, também vai ser obrigado a comprar uma roda e pneus novos. "É uma vergonha esta situação. Andar aqui é uma armadilha. A qualquer momento você pode se dar mal, como ocorreu comigo. Já passou da hora de arrumar esta rodovia", cobrou.
Mas este não é o único período. Carreteiros, caminhoneiros e motoristas tentam evitar os buracos e acabam invadindo pista contrária. Com isto, os riscos de acidentes, saídas de pista e capotamentos são consideráveis. Só na semana passada, foram cerca de 4 tombamentos de carretas entre Sinop e Nova Mutum.
O Dnit-Departamento Nacional de Infra-estrutura- tem que intervir logo para minimizar o problema que, a cada dia se tornar maior porque chove praticamente todo o dia, a água fica parada nos buracos e, com carretas carregadas passando, mesmo em baixa velocidade, o asfalto vai "esfarelando" e, o tamanho dos buracos, vai aumentando.
A qualidade da pavimentação asfáltica em alguns trechos onde há buraqueira passa a ser questionada porque a rodovia foi recapeada há menos de 4 anos e esperava-se "resistência" maior. Mas há dois fatores que precisam ser considerados: muitos bitrens e carretas trafegavam com excesso de peso e estão, literalmente, encurtando a vida útil do asfalto.
Como não há balança rodoviária nos 500 km entre Sinop e Cuiabá, motoristas e donos de frotas e carretas estão liberados para "usar e abusar". As chuvas intensas tambémestão ligadas diretamente a formação e aumento da buraqueira na principal via que escoa a produção agrícola do Estado campeão de grãos.
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