Mauro promete abrir a "caixa-preta" da gestão Galindo
Mauro ressalta que esta medida não será para atacar ou desmoralizar a gestão anterior, mas trata-se do cumprimento da transparência. “Todo cidadão tem o direito de saber a realidade das finanças do seu município”, garante.
Segundo Mauro, a primeira análise a ser feita será a de um planejamento de como irá regularizar o que é devido. Além dos débitos, Mauro garante que vai se debruçar na resolução de problemas históricos de Cuiabá e implantar um choque de gestão.
Para isso, durante sessão de abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de Cuiabá, nesta segunda (4), ele pediu o apoio dos 12 mil servidores e dos 25 vereadores. “Vou precisar de cada um dos senhores para nos ajudar a produzir resultados, precisamos fazer com que o dinheiro público renda mais”, enfatizou.
Um levantamento preliminar dos órgãos fiscalizadores mostrou que só com o programa Poeira Zero existe um rombo nos cofres municipais de quase R$ 70 milhões. Outro prejuízo financeiro apontado pela Delegacia Fazendária recentemente é o causado pela fraude no sistema tributário da administração municipal. Não se sabe o valor total do montante desviado até agora dos tributos, mas em apenas dez dias foi identificado R$ 1,3 milhão só no IPTU. Ainda houve desfalque na arrecadação do ISSQN, emissão de certidões e alvarás, ITBI, Habite-se e dívidas com a Sanecap.
O prefeito também aproveitou para falar sobre o andamento do projeto de construção de um novo pronto-socorro. Mauro disse estar estudando três áreas para a construção da unidade de saúde, que até o final do mês define o lugar e em março começa a elaboração do projeto. Ele também falou na necessidade de construção de nova sede para a prefeitura e secretarias com a formatação de um centro político municipal. “Há necessidade, mas não sabemos se será possível. Hoje nós gastamos R$ 275 mil de aluguel para os mais variados usos incluindo funcionamento de PSFs”, concluiu.
Outro lado
O ex-prefeito Chico Galindo não foi localizado para comentar a situação deixada na Prefeitura de Cuiabá. Os telefonemas da reportagem não foram retornados até a publicação desta matéria.
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