Clínico geral deixou a Polinter nesta segunda-feira (4), em Cuiabá. Sindicância do CRM deve decidir se ele pode continuar a exercer a profissão.
Justiça libera médico preso suspeito de apoiar assalto a residência em MT
O médico de 43 anos preso em janeiro deste ano por suspeita de ter colaborado com um assalto a residência em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, deixou a prisão nesta segunda-feira (4). O clínico geral estava preso no anexo da Polinter, na capital, e conquistou a liberdade por meio de uma decisão judicial.
No dia 1°, o juízo da Quarta Vara Criminal concedeu liberdade provisória ao suspeito após pedido da Defensoria Pública. O Ministério Público concordou com a liberação, cumprida nesta segunda-feira, conforme informou a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), responsável por gerir o sistema prisional no estado.
O médico foi preso na noite do dia 23 na região do Zero Quilômetro, em Várzea Grande. Ele tinha emprestado o carro para dois supostos comparsas que o usaram para realizar um assalto no Bairro Dom Orlando Chaves. A polícia foi acionada e prendeu a dupla, que confessou ter contado com o carro emprestado do médico. Ele se encontrava em uma boate do Zero Quilômetro quando foi detido.
Após o indiciamento do médico por supostamente ter atuado como cúmplice do assalto, o Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que uma sindicância avaliaria se o clínico geral estaria ainda em condições de prosseguir no exercício da profissão.
O CRM também revelou que já havia procedimento administrativo contra o profissional devido a outro incidente. Ele foi preso em flagrante em 2011 por porte de entorpecente, mas foi enquadrado como usuário e liberado em seguida.
De acordo com a sentença proferida pela Justiça em favor do médico, não há evidência de que ele tenha emprestado o carro com a intenção de dar suporte ao assalto, como argumentou a Defensoria Pública. “Mesmo emprestando o veículo aos demais flagrados, não teria como de algum modo presumir que a ação final seria o crime em comento”, registrou o juízo da Quarta Vara Criminal.
Por sua vez, os dois suspeitos detidos pelo assalto no Bairro Dom Orlando Chaves seguem presos. As prisões em flagrante de ambos foram convertidas em prisões preventivas.
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